As sequelas deixadas pela covid-19 aos pacientes já atingem 1,4 milhão de brasileiros e podem criar uma novo crise sanitária dentro de um sistema de saúde já colapsado. A preocupação de médicos e cientistas é com a possibilidade de faltar ambulatórios e profissionais de saúde para atender as pessoas que ficaram com sequelas da covid-19.

De acordo com O Globo, a síndrome pós-covid denomina, sobretudo, a manifestação de sintomas por mais de três meses após a fase aguda da doença. Entre os problemas estão infarto, arritmia, depressão, perda de memória, falta de ar, dificuldade de raciocínio, fadiga e dores intensas, diarreia crônica, perda de cabelo e distúrbios de pele. Ela pode se prolongar por meses e pode ir de afetar a qualidade de vida, incapacitação do paciente até a morte.

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Um em cada dez pacientes relata a síndrome pós-covid, caracterizada pela persistência de sintomas após 12 semanas, conforme estimativa da A estimativa da OMS (Organização Mundial da Saúde). E 25% das pessoas apresentam sintomas por até quatro semanas após testar positivo.

O pneumologista Carlos Alberto Barros Franco, um dos primeiros médicos a tratar de covid-19 no Brasil, estima, segundo O Globo, que cerca de 53% das pessoas com síndrome pós-covid sofram com fadiga crônica e 43% com falta de ar.

Além disso, pessoas ainda relatam dor toráxica, perda de olfato e paladar, zumbido crônico, insônia, dor articular, depressão, dificuldade de raciocínio, diarreia crônica, lesões na pele, miocardiopatia, infarto e diabetes.

O ideal é que toda pessoa que teve covid, principalmente as que precisaram de internação, procure um médico 12 semanas após a fase aguda da doença para fazer exames e identificar se há algum tipo de sequela.

Aumento na incidência de infartos e arritmias cardíacas nos três meses do pós-covid já foram constatados pelos médicos e o especialista Barros Filho considera que os próximos dois anos a síndrome pós-covid será o principal motivo de consulta em várias especialidades.