Menos de 24 horas após o pronunciamento em que chamou a oposição ao diálogo numa tentativa derradeira de encontrar um acordo do Brexit apoiado por uma maioria na Câmara dos Comuns do Reino Unido, a primeira-ministra Theresa May já enfrentou uma sessão de perguntas em Westminster, na qual tentou se esquivar de perguntas de parlamentares sobre que concessões poderia fazer ao líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn.

Espera-se que os dois se reúnam nas próximas horas em busca de um denominador comum sobre a declaração política para a relação futura com a União Europeia.

“O líder da oposição e eu concordamos sobre vários pontos no Brexit, como a necessidade de entregar o resultado do plebiscito, de deixar a União Europeia de forma ordenada e, tão logo quanto possível, encerrar a livre movimentação de pessoas e proteger empregos no Reino Unido”, repetiu incansavelmente a conservadora durante pouco mais de uma hora de sessão no Parlamento. Ela também insistiu que os britânicos não tenham de concorrer nas eleições ao Parlamento Europeu.

Não chega a ser surpresa, mas em nenhum momento May esclareceu se poderia aderir a bandeiras recentemente assumidas pelos trabalhistas, como a inclusão no acordo de uma união aduaneira entre o Reino Unido e o bloco ou a realização de uma consulta popular confirmatória sobre o acordo do Brexit que eventualmente for aprovado em Westminster.

Corbyn, por sua vez, deu as “boas vindas” à disposição de May para encontrar um compromisso que resolva o impasse em torno da separação.