A deflação menor do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) em maio ante abril (de -1,77% para -1,56%) tem influência da aceleração dos preços dos Bens Intermediários (-0,77% para 0,06%) no mês. O movimento segue a mesma direção do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), apurado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), que registrou deflação levemente menor em maio (-0,93%), de -1,10% em abril.

Dentro de Bens Intermediários, a FGV destaca a contribuição do subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa de variação passou de -0,79% para 0,01%.

As outras etapas de produção, por sua vez, caminharam em sentido contrário. Os Bens Finais desaceleraram de 0,36% para 0,06% por influência de alimentos in natura, cuja taxa de variação passou de 5,13% para -1,06%.

Já as Matérias-Primas Brutas tiveram deflação ligeiramente maior (de -5,22% para -5,26%). Os itens minério de ferro (-5,24% para -18,20%), cana-de-açúcar (0,11% para -3,86%) e leite in natura (3,68% para 0,93%) ajudaram esse movimento.

Principais influências

De acordo com a FGV, entre as maiores influências individuais de alta no IPA de maio estão soja em grão (-9,38% para 3,25%), óleo diesel (-0,72 para 4,30%), batata-inglesa (apesar da desaceleração de 38,28% para 16,38%), carne bovina (0,07% para 1,42%) e gasolina automotiva (-0,81% para 2,20%).

Já na lista de maiores influências de baixa estão minério de ferro (-5,24% para -18,20%), cana-de-açúcar (0,11% para -3,86%), milho em grão (mesmo com a deflação menor, de -14,52% para -6,13%), mandioca (a despeito da taxa mais alta, de -13,85% para -8,83%) e laranja (-12,65% para -13,80%).