No lançamento da segunda edição do plano de diretrizes para um futuro governo, a candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, defendeu a contenção do aumento anual dos gastos correntes a uma taxa equivalente a metade do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). No programa divulgado hoje, a presidenciável prega também a redução do nível de endividamento do setor público e a profissionalização da máquina do Estado. Os coordenadores da campanha do PV argumentam que o corte de gastos é uma meta da candidata, mas que não dá para dizer como este corte se dará.

“Não podemos ter uma base (de apoio ao governo) constituída de fisiologismo. Temos de ter um olhar para a profissionalização do Estado”, disse Marina, que durante a campanha vem criticando a distribuição de cargos entre partidos da base aliada. A presidenciável defendeu ainda a manutenção da estrutura atual de sustentação da política macroeconômica, formada pelo tripé: metas de inflação, responsabilidade fiscal e câmbio flutuante.

A candidata do PV propôs também a implementação da reforma tributária, a transparência de gastos e a justiça tributária. “Nos comprometemos de antemão a não aumentar a carga de tributos”, garantiu. De acordo com Marina, o plano de governo consolidado ainda não existe, uma vez que a campanha começou oficialmente há menos de um mês. “Mas as estratégias estão basicamente colocadas”, disse. Para aprofundar as propostas, a equipe espera contar com informações específicas do orçamento federal.

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