Chegou a primeira criptomoeda LGBTQIA+. A moeda digital está atualmente numa fase de testes piloto na região espanhola Chueca, conhecida como bairro LGBTQIA+ de Madrid. Os testes iniciaram na passada sexta-feira, dia 31, e envolvem 10 empresas diferentes.

O nome da criptomoeda foi escolhido a preceito e juntou as palavras ‘maricón’ (maricas em português) e coin (moeda). De acordo com os criadores, esta moeda pretende aproveitar o poder econômico da comunidade para “mudar o mundo“.

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As entidades que patrocinam a Maricoin pretendem que a mesma seja negociada em breve. Tal deverá abrir portas para que a criptomoeda seja usada como meio de pagamento em negócios e eventos LGBTQIA+ em todo o mundo.

No momento, a Maricoin será aceita como pagamento nas empresas que assinaram o manifesto de igualdade. Dentro dessa lista de empresas encontramos restaurantes, cafés, lojas e hotéis. O manifesto de igualdade é um documento que defende os direitos das pessoas LGBTQIA+ e de todos os outros que “sofrem exclusão”.

O manifesto pretende ainda disseminar uma “economia social, ética, transversal e transparente”. Segundo Francisco Álvarez, presidente-executivo do projeto: “Os estabelecimentos que aceitarem a nossa moeda serão incluídos no nosso mapa. Ele vai funcionar como um guia LGBTQIA+ para quem visita qualquer cidade do mundo”.

Já Juan Belmonte, cofundador da Maricoin refere que a ideia surgiu durante uma festa com amigos no Orgulho Gay de Madrid em julho de 2021. Adianta ainda que: “Porque não deve a nossa comunidade lucrar, em vez de bancos, seguradoras ou grandes empresas que muitas vezes não ajudam a comunidade LGBTAQIA+?”

Entre os apoiadores, está a Borderless Capital, uma empresa de capital de risco de Miami, na Florida (EUA). Francisco Álvarez diz que a lista de espera para comprar a criptomoeda Maricoin já tinha 8 mil interessantes mesmo antes de a moeda começar a ser negociada.