Os resultados de dois dos maiores frigoríficos brasileiros foram díspares no segundo trimestre. Minerva Foods (BEEF3) e Marfrig (MRFG3) apresentaram crescimentos em suas receitas. No segundo trimestre, a Minerva faturou R$ 6,29 bilhões, alta de 42,9% ante o mesmo período de 2020. Já a receita da Marfrig foi de R$ 20,6 bilhões, avanço de 9% sobre o ano passado. Porém, enquanto a Marfrig lucrou R$ 1,7 bilhão, avanço de 9% ante 2020, a Minerva registrou um lucro líquido de R$ 116,7 milhões, queda de 54% em relação ao mesmo período de 2020. Os números da Marfrig foram recordes, com 76% de contribuição das operações da América do Norte, devido à valorização do dólar frente ao real e à retomada da economia americana. Algo semelhante ocorreu com a Minerva, cujos resultados foram beneficiados pelo bom desempenho da Athena, que responde pelas operações internacionais.

PROTEÍNA
JBS vai pescar na Tasmânia

A JBS comprou, por US$ 315 milhões, 100% da Huon Aquaculture, segunda maior empresa de aquicultura de salmão da Austrália. A companhia possui 13 locais de produção e três unidades de processamento. Seus principais produtos são filés de salmão frescos e embalados a vácuo, além de produtos de maior valor agregado. A aquisição é estratégica para a JBS, pois marca sua entrada no negócio de aquicultura, ampliando ainda mais o portfólio de produtos, com o início da produção própria de peixes.

DIVERSIFICAÇÃO
XP distribuirá planos de saúde

A XP anunciou sua entrada no mercado de saúde e benefícios para empresas de pequeno e de médio portes, por meio de uma parceria com a corretora BTR Benefícios. A XP informou que pretende montar um marketplace para que as principais seguradoras do País possam oferecer seus serviços para os clientes. A estratégia será semelhante à adotada em outras atividades, como a distribuição de produtos financeiros e de crédito: a XP deverá usar sua plataforma tecnológica e ampla base de clientes para distribuir os planos.

CONSTRUÇÃO
Vendas da Mitre crescem 443%

A construtora Mitre anunciou um Valor Geral de Venda (VGV) de R$ 188,4 milhões no segundo trimestre, crescimento de 443% sobre o mesmo período de 2020, excluídas comissões e distratos. A velocidade das vendas, medida pelo indicador Vendas Sobre Oferta (VSO) cresceu 12,8% ante o primeiro trimestre deste ano. Os distratos caíram 0,4 ponto em relação ao primeiro trimestre, para 1,7% do total. O lucro líquido cresceu para R$ 21,2 milhões, alta de 113% na comparação anual. Receita e lucro superaram as expectativas.

ALIMENTOS
Massa afina na M. Dias Branco

A M. Dias Branco faturou R$ 1,98 bilhão no segundo trimestre, alta de 5% em comparação com o mesmo período de 2020. A empresa líder no mercado brasileiro de massas e biscoitos vem preservando suas margens apesar da alta dos preços de insumos como trigo e óleo de palma. No trimestre, os preços subiram 5% e o volume de vendas avançou 26%. No entanto, o lucro líquido encolheu 6,6% em relação ao segundo trimestre de 2020, ficando em R$ 142,3 bilhões, considerando-se dados consolidados. A companhia vem ampliando as margens, mas ainda enfrenta subutilização de sua capacidade.

DESTAQUE NO PREGÃO
BTG supera expectativas

Itaci Batista

O lucro líquido do BTG Pactual cresceu 74% no segundo trimestre de 2021 na comparação anual, encerrando o período em R$ 1,7 bilhões. Os números vieram acima das expectativas do mercado. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) recorrente chegou a 21,6%, um ganho considerável em relação aos 17,5% apresentados no segundo trimestre de 2020. A receita do banco fechou em R$ 3,8 bilhões no trimestre, alta anual de 52% e de 34% ante o primeiro trimestre. Praticamente todas as unidades de negócio da companhia liderada por Roberto Sallouti cresceram. A principal linha de receita da companhia, Sales and Trading, teve um crescimento anual de 23%, atingindo R$ 1,2 bilhão no trimestre. A carteira de crédito para empresas continuou em expansão, atingindo R$ 86,4 bilhões, alta de 7,4% em relação ao primeiro trimestre e de 51% na comparação anual.