São Paulo, 22 – Trabalhadores da Marfrig e representantes da empresa chegaram a um acordo sobre o fechamento da unidade de Alegrete, no Rio Grande do Sul. Segundo o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-RS), com o acordo alcançado, cessam os efeitos de decisão liminar que impedia as demissões e, agora, está permitido o desligamento dos 648 trabalhadores vinculados à unidade. Ainda de acordo com o TRT-RS, a última reunião de conciliação se prolongou por quase seis horas até a solução do impasse. Em relação à planta de Alegrete, a Marfrig se comprometeu a analisar a situação no prazo de 180 dias, a contar de 1º de março. Caso tenha interesse em retomar as atividades, deverá ser informado o prazo para o reinício à Justiça. “Se a Marfrig optar por não retomar as atividades, a empresa deverá apresentar critérios objetivos para a negociação da transferência dos direitos possessórios, permitindo a fiscalização do Ministério Público do Trabalho”, afirma o TRT-RS. Já as indenizações dos trabalhadores, a serem pagas em 10 de abril, foram calculadas de acordo com o tempo de serviço de cada um, divididos em categorias. Todos os grupos também receberão valor equivalente a seus salários no mês de fevereiro, a título de abono indenizatório, informou o tribunal. Na metade de dezembro passado, a Marfrig informou que fecharia a unidade, alegando baixa oferta de gado na região. A intenção inicial era efetivar os desligamentos no início de 2017, assim que os funcionários retornassem das férias. Só que, no dia 28 de janeiro, uma decisão da Justiça do Trabalho suspendeu a demissão em massa. A liminar impediu que a companhia rescindisse os contratos antes que houvesse uma negociação com o Sindicato do Trabalhadores da Indústria de Alimentação do Alegrete (STIAA).