04/11/2019 - 20:13
A maré negra que há mais de dois meses chega ao litoral nordeste do Brasil diminuiu de intensidade, embora não se saiba como pode ser a evolução nos próximos dias deste fenômeno inédito, informaram nesta segunda-feira autoridades brasileiras.
Há um “arrefecimento real, estatístico, da quantidade de óleo que está chegando às praias”, disse o comandante de Operações Navais da Marinha, almirante Leonardo Puntel, em uma coletiva de imprensa realizada em Brasília junto com o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva.
“Como o óleo vem submerso, nós não sabemos se ainda existe muita coisa ou pouca coisa. Não existe efetivamente uma maneira correta e precisa para monitorar essas manchas de óleo”, afirmou Puntel, ao mesmo tempo em que destacou que se trata de um tipo de desastre “inédito” no mundo.
O presidente Jair Bolsonaro afirmou no domingo que “o pior está por vir” e acrescentou que “o que chegou até agora e foi recolhido é uma pequena quantidade do que foi derramado”.
Este desastre já afetou mais de 200 praias ao longo de mais de 2.000 quilômetros da região nordeste.
O Brasil apontou na sexta passada um navio grego, propriedade da empresa Delta Tanker, como “o principal suspeito” da maré negra.
A Delta Tankers disse no sábado que seu navio, que havia carregado petróleo na Venezuela, fez o trajeto até a Malásia “sem registrar nenhum vazamento”.
A Polícia Federal explicou que a Delta “vai ser solicitada via Interpol para apresentar os documentos e as provas que alega ter”, explicou o delegado Franco Perazzoni na coletiva desta segunda-feira.
“A empresa é suspeita”, mas ainda “não houve indiciamento”, afirmou o delegado.