Banida comercialmente dos Estados Unidos por não punir de forma severa seus funcionários que comercializaram ilegalmente dispositivos de telecomunicações com Irã e Coreia do Norte, a fabricante chinesa de smartphones ZTE ganhou um aliado de peso para voltar a operar no país. Pelo Twitter, o presidente americano Donald Trump anunciou que está conversando com o mandatário chinês Xi Jinping para viabilizar a volta da companhia ao país. Em 2017, a ZTE gastou US$ 2,3 bilhões na compra de componentes fabricados pelas empresas americanas Qualcomm, Intel e SanDisk. O temor é de que o veto comercial possa fazer com que a ZTE busque novos parceiros comerciais. No ano passado, a empresa ficou em quarto lugar no ranking de venda de celulares nos Estados Unidos, respondendo por 10% das vendas no país.

 

Samsung de olho

Enquanto segue impedida de adquirir tecnologias americanas, a ZTE pode estar negociando uma parceria com a Samsung. De acordo com a agência de notícias Reuters, a coreana pode começar a vender os processadores Exynos, usados em smartphones como o Galaxy S9 e o Galaxy Note 8, para a fabricante chinesa. Essa não seria a primeira vez que a Samsung comercializa seus chipsets para outras empresas. A chinesa Meizu, por exemplo, já utiliza os componentes em seus celulares. Samsung e ZTE não comentaram o assunto.

(Nota publicada na Edição 1070 da Revista Dinheiro)