O governo obteve pelo menos R$ 3 bilhões extras com os dois leilões realizados nesta quarta-feira, 27, comemorou o secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Mansueto Almeida. Na semana passada, a área econômica sinalizou que o bom resultado dos certames poderia render recursos além do esperado. Esse adicional formaria uma espécie de “colchão de segurança” para o cumprimento da meta fiscal deste ano e até mesmo poderia abrir espaço para uma liberação de recursos adicional aos R$ 12,824 bilhões já anunciados.

Almeida usou seu perfil no Twitter para destacar os resultados dos certames. A venda de quatro usinas hidrelétricas que eram da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) rendeu R$ 12,13 bilhões, acima do valor mínimo de R$ 11 bilhões. Já a 14º Rodada de Licitações de blocos de petróleo resultou em bônus de R$ 3,842 bilhões – um ágio de 1.556,05%.

“Há cerca de duas semanas alguns achavam que o resultado no leilão de petróleo não daria mais de R$ 500 milhões. Deu quase R$ 4 bilhões”, destacou o secretário. “O leilão das hidrelétricas da Cemig também foi fantástico. Ágio de R$ 1 bilhão mostrou que acertamos na definição da outorga mínima”, acrescentou.

Almeida não deu pistas do que será feito com o dinheiro extra que vai entrar nos cofres do governo – se haverá liberação adicional ou se ficará no “colchão de segurança”. O nível atual do corte, de R$ 32,1 bilhões mesmo após a liberação anunciada, ainda é considerado elevado pelo governo. Mas ele destacou que os leilões trarão resultados positivos para o País nos próximos anos.

“Um país se beneficia da produção eficiente e tributos gerados para investir em política social. País produtor é coisa do passado”, afirmou o secretário.