As tropas da Coreia do Sul e Estados Unidos começaram, neste domingo (1º), suas manobras anuais conjuntas, após adiá-las por conta do início do diálogo com a Coreia do Norte. As atividades durarão menos tempo que o habitual, informou o Ministério da Defesa à Agência EFE.

Cerca de 11,5 mil soldados dos EUA devem participar, ao lado de 300 mil soldados sul-coreanos, no primeiro dos dois exercícios, Foal Eagle, que durará quatro semanas, um mês a menos que o normal.

Também não há previsão de que importantes ativos estratégicos americanos, como porta-aviões de grande porte ou submarinos nucleares, se juntem a eles como fizeram nos anos anteriores.

A redução da operação busca manter o atual clima de aproximação com Pyongyang – que considera estas manobras como uma simulação de invasão – antes das reuniões agendadas entre o líder Kim Jong-un e os presidentes da Coreia do Sul (em 27 de abril) e dos EUA (em maio).

O início dos exercícios, que normalmente ocorre entre o final de fevereiro e o início de março, foi adiado devido à realização dos Jogos Olímpicos de Inverno, na Coreia do Sul, que levaram à aproximação com Pyongyang e à convocação das duas reuniões que buscam encerrar as atividades nucleares da Coreia do Norte.

Seul e Washington destacaram que o número de tropas mobilizadas e a intensidade das manobras se assemelha aos dos anos anteriores. As Marinhas dos dois países realizarão no próximo dia 8, o exercício de aterrissagem anfíbia Ssangyong.  Nele participarão os navios de assalto americanos USS Wasp – que transporta caças furtivos F-35B – e o USS Bonhomme Richard, de acordo com detalhes divulgados pela agência sul-coreana de notícias Yonhap.

Os aliados também realizarão, a partir do dia 23 de abril e durante duas semanas, a sua duração habitual, o conjunto de manobras Key Resolve, que inclui simulação por computador e onde serão mobilizados 12,2 mil soldados americanos.

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