Enquanto ativistas da organização não governamental 350.Org foram barrados na porta do hotel onde está prevista a realização do leilão do governo de áreas do pré-sal nas bacias de Santos e Campos, que está suspenso por uma liminar concedida pela Justiça Federal do Amazonas, manifestantes também protestam no Centro do Rio, em ato organizado pela Federação Única dos Petroleiros (FUP). Cerca de 20 manifestantes se reúnem em frente à sede da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

O coordenador-geral da FUP, José Maria Rangel, explicou que a entidade resolveu marcar o ato em frente à sede da ANP porque a agência reguladora é “a mentora de todo esse processo”. Além disso, a área em volta do hotel onde o leilão é realizado, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, fica isolada por bloqueios, impedindo a realização de protestos nas proximidades.

Rangel comemorou a decisão da Justiça de suspender o leilão, pois serviu para “suscitar o debate”. O sindicalista criticou o valor das outorgas cobradas no leilão diante do potencial das reservas de petróleo oferecidas e outras medidas do governo para reduzir as exigências de conteúdo local e o apoio à indústria nacional. “O secretário do Ministério de Minas e Energia chegou a dizer que o leilão será importante para as empresas estrangeiras. Olha o absurdo disso”, afirmou Rangel.

Segundo Rangel, os manifestantes pretendiam sair em caminhada, no fim da manhã, da sede da ANP, na esquina entre as avenidas Rio Branco e Presidente Vargas, até o Largo da Carioca, a 700 metros da partida. Para isso, os manifestantes terão que fechar parte do trânsito na Avenida Rio Branco, principal via do Centro do Rio. Por enquanto, o protesto é pacífico, sem reflexos no trânsito. Policiais militares acompanham a distância o movimento dos manifestantes.

Além da FUP, participam do ato ativistas da Frente Internacionalista dos Sem-Teto (Fist) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT), entre outras entidades sindicais e movimentos sociais.