Manifestantes se reuniram em Paris neste sábado(14) para apoiar a causa palestina após a escalada militar entre Israel e o Hamas, apesar de o protesto ter sido proibido pela polícia da capital francesa para evitar desvios antissemitas.

A polícia ordenou o fechamento das lojas ao longo do percurso da passeata, desde o bairro de Barbés, onde vive uma importante comunidade de migrantes, até a Praça da Bastilha.

Walid Atallah, presidente da Associação de Palestinos na região de Paris, acusou o governo de aumentar as tensões com a proibição.

“Se houvesse risco de perturbações públicas, de problemas sérios, eles a teriam proibido corretamente”, disse ele em entrevista coletiva. Mas “eles a baniram no último minuto”, acrescentou. “É inaceitável”.

As autoridades disseram temer uma repetição dos confrontos que ocorreram em um protesto semelhante em Paris durante a última escalada em 2014, quando os manifestantes atacaram sinagogas e outras instalações judaicas.

“Todos nós lembramos de uma manifestação extremamente difícil, onde comentários horríveis como ‘morte aos judeus’ foram feitos”, disse a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, na sexta-feira.

Protestos semelhantes nesta semana na Alemanha e na Dinamarca terminaram em confrontos e prisões.