Manifestantes atearam fogo em um canteiro próximo à barreira montada em frente à casa do presidente Michel Temer, na Praça Panamericana, bairro de Alto de Pinheiros, zona oeste de São Paulo. A Força Tática da Polícia Militar isolou toda a área.

Aos gritos de “Fora Temer”, um carro de som convocava os manifestantes a seguirem até a barreira para colocarem uma bandeira do movimento e dar o fim simbólico ao ato.

A Polícia Militar dispersou com bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo os manifestantes que cercavam a Praça Panamericana. Algumas pessoas se armavam com pedras e pedaços de pau para revidar o ataque da PM.

Black blocs

Antes, “black blocs” entraram no meio da passeata na Avenida Pedroso de Moraes e jogaram pedras em quatro agências bancárias e uma concessionária da Audi. Muita gente saiu correndo, mas a Polícia Militar estava distante para intervir. Manifestantes mais assustados apertaram o passo para chegar perto da lideranças organizadas, mas houve quem também aplaudisse o ato.

Em discurso durante o protesto na Pedroso de Morais, o deputado estadual José Américo (PT) criticou a reforma da Previdência para os servidores estaduais que será enviada à Assembleia Legislativa. “O governo Paulista dá sustentação às reformas de Brasília, precisamos combater isso.”

A passeata saiu do Largo da Batata, também na zona oeste. Os líderes do movimento estimam que 70 mil pessoas participaram da manifestação.

O Largo da Batata começou a ficar vazio à medida que os manifestantes seguiam no sentido da Praça Panamericana. Parte dos manifestantes decidiu não seguir a passeata e buscou o metrô ou iniciou uma caminhada para outros pontos do bairro. O grupo “black bloc” que causou tumultos na Avenida Faria Lima permaneceu parado no começo do Largo.