As ilhas Malvinas, território britânico do Atlântico Sul que tem a soberania reivindicada pela Argentina, foram completamente liberadas de minas terrestres – anunciou o Ministério britânico das Relações Exteriores, 38 anos depois da guerra entre os dois países por seu controle.

Quando a Argentina invadiu em 2 de abril de 1982 o arquipélago situado a 400 quilômetros de sua costa e a 12.700 km de Londres, seu Exército colocou quase 20.000 minas terrestres e 5.000 minas antiveículos para proteger suas posições.

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O Reino Unido recuperou as ilhas 74 dias depois e iniciou uma tarefa de limpeza das minas, interrompida rapidamente após uma série de acidentes. Os campos minados foram cercados e receberam sinalizações para alertar sobre o perigo.

Em 2009, foi lançado um programa financiado pelo Reino Unido que “completou sua perigosa missão de limpar as ilhas do Atlântico Sul três anos antes do previsto”, anunciou o Ministério em um comunicado.

“Como resultado, serão retiradas as placas de advertência e as barreiras visíveis nas ilhas desde o fim do conflito durante uma celebração local”, prevista para 14 de novembro. Na ocasião, a última mina será detonada.

Também serão organizadas partidas de críquete e futebol nas praias, que poderão ser acessadas sem nenhuma restrição.

A retirada das minas foi feita por uma equipe do Zimbábue, sob supervisão britânica, o que permitiu ao Reino Unido cumprir suas obrigações determinadas pela Convenção sobre a Proibição das Minas Terrestres.

A limpeza das Malvinas “significa que não há mais minas terrestres em território britânico em todo mundo”, celebrou o Reino Unido.

O governo anunciou ainda 36 milhões de libras adicionais (47 milhões de dólares), para um total de 124 milhões de libras, para financiar projetos de retirada de minas na África, no Oriente Médio e na Ásia.