O governo da Malásia promoveu uma polêmica na internet após campanha do Ministério da Mulher, Família e Desenvolvimento Comunitário no Facebook com a hastag #WomenPreventCOVID19. Os pôsteres da campanha pediam que as mulheres do país ajudassem seus maridos durante o período de quarentena não os incomodando e sugerindo atos de submissão aos homens.

Segundo o portal NPR, a campanha também orientava as mulheres a não serem sarcásticas se pedissem ajuda nas tarefas domésticas, além de sugerir para aquelas que estavam trabalhando em home office a se vestirem e usarem maquiagem dentro de casa.

Um internauta disse que o governo estava tentando criar um “clube de mulheres obedientes”, ao invés de lutar contra a violência doméstica, por exemplo.

O efeito imediato das críticas na internet fez com que o governo desistisse da campanha e se defendesse dizendo que as sugestões tinham como objetivo “manter relacionamentos positivos entre os membros da família durante o período em que trabalham em casa”. Informou ainda que vai “manter cautela” em campanha no futuro.

A escorregada não foi o único erro do governo da Malásia, que no dia 18 de março especificou que apenas o chefe da família deveria sair de casa para comprar algo durante a quarentena.