Autoridades da Malásia apreenderam e destruíram 1.069 equipamentos utilizados para minerar bitcoin ilegalmente na cidade de Miri. O vídeo com um rolo compressor esmagando os computadores foi divulgado na internet pelo site de notícias local Dayak Daily e tornou-se viral.

Os mineradores furtaram US$ 2 milhões em energia elétrica para alimentar a mineração da criptomoeda, segundo a CNBC, canal de televisão dos Estados Unidos. A apreensão das máquinas ocorreu em seis locais diferentes entre fevereiro e abril deste ano. No total, a polícia destruiu US$ 1,26 milhões em equipamentos – mais de RS$ 6 milhões

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A justiça malaia ordenou a destruição dos computadores após o roubo elétrico causar incêndio em três casas no centro do município. Oito pessoas foram presas e seis foram condenadas a oito meses de prisão e multa de US$ 1.900 cada, de acordo com a polícia local.

A Malásia é responsável por 3,44% da mineração de bitcoin em todo o planeta, de acordo com o Centro de Finanças Alternativas de Cambridge, entre os dez países que mais realizam a atividade.

Blockchain é uma tecnologia utilizada no comércio de criptomoedas capaz de guardar informações em uma corrente permanente e infinita que se atualiza a cada segundo. Este sistema permite o rastreamento da transação de alguns tipos de informação pela internet. A mineração de bitcoin consiste em adicionar esses registros de transações da moeda virtual em blockchain. A atividade é rentável e requer computadores caros e elevado custo energético. Segundo estimativas da plataforma, cada máquina em operação tem uma rentabilidade estimada de US$ 30,99 por dia.

O alto consumo de energia elétrica e o impacto ambiental são as maiores polêmicas da criptomoeda e responsáveis pela queda no preço do ativo nos últimos meses. Defensores da tecnologia alegam que a atividade fomenta o uso de energia limpa. Levantamento do Conselho de Mineração de Bitcoin diz que 56% da energia usada pela rede é de fontes renováveis.