KUALA LUMPUR (Reuters) – Os preços do óleo de palma da Malásia permanecerão fracos durante a maior parte do terceiro trimestre deste ano, disse a ministra de commodities do país nesta segunda-feira, depois que a produtora rival Indonésia removeu sua taxa de exportação.

“Isso é inevitável à luz da concorrência mais acirrada da Indonésia –o maior produtor mundial de óleo de palma– em sua busca para eliminar o máximo possível de óleo de palma de seu estoque existente”, disse Zuraida Kamaruddin em comunicado.

Os preços de referência do óleo de palma bruto da Malásia subiram para níveis recordes no início deste ano, com a invasão da Ucrânia pela Rússia e uma proibição temporária de exportação pela Indonésia restringindo a oferta global de óleo comestível.

Mas os preços caíram para o menor nível em um ano nas últimas semanas, quando a Indonésia reverteu a decisão anterior de restringir as exportações.

A Indonésia retirou este mês sua taxa de exportação para todos os produtos de óleo de palma até 31 de agosto, após uma série de tentativas de aumentar as exportações e diminuir os estoques elevados. O país também está considerando remover uma regra de vendas domésticas para exportadores.

Como resultado, os preços médios do óleo de palma bruto para o terceiro trimestre devem variar entre 4.800 ringgits (1.078,41 dólares) e 5.200 ringgits (1.168,28 dólares) a tonelada, também influenciados pela melhor produção na Malásia, disse Zuraida Kamaruddin.

Os preços devem subir para 5.000-5.500 ringgits por tonelada no quarto trimestre com a retomada da taxa de exportação na Indonésia e um declínio esperado na produção, acrescentou ela.

(Por Mei Mei Chu)

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