O ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) caiu novamente nas mãos do juiz federal Sérgio Moro. A ação penal que o peemedebista respondia no Supremo Tribunal Federal (STF) passou a tramitar perante a 13.ª Vara Federal de Curitiba, sob tutela do juiz da Operação Lava Jato que já o condenou a 15 anos e quatro meses de prisão em um primeiro processo criminal.

Neste novo processo, Eduardo Cunha havia sido denunciado pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot. O ex-deputado e a ex-prefeita de Rio Bonito (RJ) Solange Pereira de Almeida foram acusados por crimes de corrupção e de lavagem de dinheiro em contratos de fornecimento dos navios-sonda Petrobras 10.000 e Vitória 10.000.

No primeiro processo, Sérgio Moro condenou Eduardo Cunha a 15 anos e 4 meses de prisão por corrupção, de lavagem e de evasão fraudulenta de divisas. O peemedebista foi acusado de pegar US$ 1,5 milhão em propinas na compra do campo petrolífero de Benin, na África, pela Petrobras, em 2011.

Nesta quarta-feira, 13, na segunda ação penal contra o ex-deputado sob tutela de Moro, o magistrado mandou a secretaria da Vara selecionar três datas para que parlamentares, arrolados por Cunha como testemunhas de defesa, sejam ouvidos.

“Selecione a secretaria três datas para oitiva por videoconferência em Brasília do deputado federal Leonardo Picciani, deputado federal Sergio Moraes, deputado federal Marcelo Guilherme Aro Ferreira, deputado federal José Alberto Oliveira Veloso Filho, deputado federal Felipe Leone Bornier de Oliveira, deputado federal Mauro Ribeiro Lopes e senador Edison Lobão”, ordenou o juiz.

“Em seguida, oficie-se aos parlamentares pelo meio mais expedito solicitando respeitosamente a indicação de uma das datas e horários para a oitiva.”