Uma pesquisa realizada pela empresa de recrutamento TotalJobs mostra que mais pessoas trans escondem seu status no trabalho do que há cinco anos.

De acordo com a pesquisa feita com mais de 400 funcionários trans da Totaljobs, em colaboração com a YouGov, dois terços (65%) das pessoas trans consideram necessário ocultar sua identidade no trabalho.

+ Funcionários acusam a Disney de política ilegal de sigilo salarial

O levantamento mostra que o número de funcionários trans que escondem sua identidade no local de trabalho aumentou 13% em comparação com a última pesquisa, realizada em 2016, onde mais da metade (52%) considerou necessário fazê-lo.

Além disso, mais da metade (56%) dos funcionários trans acham que é mais difícil para eles encontrar um emprego por causa de quem são, com 50% admitindo que mascaram sua verdadeira identidade ao procurar uma nova função.

Como resultado, as pessoas trans sentem que precisam esconder sua verdadeira identidade para progredir, com apenas 56% dos funcionários trans compartilhando seu status com os colegas.

Daqueles que compartilharam seu status, 51% disseram que seus colegas responderam positivamente ao assumirem, em comparação com 50% em 2016. Apenas 5% viram seus colegas reagirem negativamente a eles assumirem, é 10% em 2016.

Revelar-se aos colegas é uma aposta, com muitos recebendo tratamento anti-trans e abusos. A discriminação é um grande problema, com um em cada três (32%) trabalhadores trans tendo experimentado isso no trabalho nos últimos cinco anos.

Bullying ou insultos (32%), ‘deadnaming’ (27%), onde as pessoas são conscientemente chamadas por um nome anterior, junto com pronomes deliberadamente maltratados (30%) são as formas de abuso mais comumente experimentadas.

Um quarto (25%) dos trabalhadores trans sofreram exclusão social por parte dos colegas, 17% foram excluídos dos projetos de trabalho e 6% sofreram abusos físicos ou ameaças no local de trabalho.