São Paulo, 7/8 – O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro, disse nesta segunda-feira, 7, a jornalistas, nos bastidores do 16º Congresso Brasileiro do Agronegócio, em São Paulo, que o mais importante neste momento são reformas que façam o Brasil voltar a crescer. Sobre a tributária, amplamente defendida por Rabello, disse que há “prudência e otimismo no ar”.

Ele celebrou o fato de existir uma comissão especial e “um relator convicto” da necessidade da mudança. “Vamos ter um bom relatório para apresentar nas próximas semanas. Relatório perfeito? Creio que não. Vai depender de a sociedade enriquecer diretamente, com sugestões, com debates nas comissões e através do processo legislativo”, afirmou.

Segundo Rabello, o relatório deve trazer contribuição principalmente nos chamados tributos indiretos e também na redução das diferentes modalidades de tarifas hoje no País. “O relator pensa em dois tributos e isso constituiria já um tremendo ganho para todos os contribuintes”, afirmou. O agronegócio deve ser beneficiado com a reforma, afirmou Rabello. “Vai ganhar diretamente, mas principalmente indiretamente já que setores, como comercialização, logística e outros que estão para fora da porteira da fazenda, serão beneficiados”, afirmou.

Em relação ao crédito rural, ele disse que o setor conta no BNDES com linhas de investimento, e do total desembolsado pela instituição atinge a faixa de 18%, “encostando em 20%”. No entanto, a micro, pequena e média empresas são hoje “os grandes campeões do BNDES”, com cerca de 40% do desembolso.

Rabello adiantou que o BNDES deve lançar durante a ExpoInter, no mês de setembro, em Esteio (RS), o “Cartão Agro” que, segundo ele, terá uma abordagem digital, com identificação do produtor e uma liberação prévia de determinado limite de crédito.