Esta quarta-feira (7) foi motivo de festa na Fazenda Capetinga, em Boa Esperança (MG). E o motivo para a celebração veio da Inglaterra, sede da revista Decanter e do influente prêmio que ela promove há 18 anos, o Decanter World Wine Awards. Eduardo Junqueira Nogueira Junior, que faz parte da quinta geração de uma tradicional família de cafeicultores do Sul de Minas Gerais, recebeu a notícia de que dois dos vinhos Maria Maria, vinícola que ele idealizou em 2006, depois de ter sofrido um ataque cardíaco, haviam sido premiados pela Decanter. “É a quarta que recebemos premiação de lá nos últimos cinco anos”, afirmou Eduardo, orgulhoso de suas conquistas. Não é para menos.

A medalha de prata, com 90 pontos, foi para o Maria Maria Fernanda Sauvignon Blanc 2020. Para o Donita Grand Reserva Syrah-Cabernet Sauvingon 2017, a Decanter concedeu medalha de bronze e 88 pontos. Se os nomes parecem curiosos, vale destacar que todos rótulos Maria Maria homenageiam pessoas da família de Eduardo. Já o nome da vinícola vem de uma famosa canção do amigo Milton Nascimento, frequentador de longa data da Fazenda Capetinga.

O projeto de plantar vinhedos ali foi possível graças à parceria com o enólogo, pesquisador e produtor Murillo Albuquerque Regina, pioneiro na região da técnica da dupla poda que permite colheitas no inverno. A alteração do ciclo das parreiras revolucionou a vitivinicultura no Sudeste brasileiro e tem garantido grandes vinhos a cada ano, alguns com grande reputação internacional.

Na Fazenda Capetinha, cuja produção de café possui os selos Certifica Minas e Rainforest Alliance, as primeiras mudas de Syrah, Cabernet Sauvignon e Sauvignon Blanc foram plantadas no final de 2009. Em 2011 foram plantadas mudas de Chardonnay para a produção de espumantes. Os produtos são encontrados em lojas especializadas como Casa Santa Luzia a preços em torno de R$ 159,00. Vale provar.