Um relatório da empresa de segurança digital Syhunt mostrou que os ataques do tipo “ransomware”, responsável por sequestrar dados das máquinas de empresas e governos, se tornaram o foco de criminosos em extorsão digital. De acordo com o estudo, extorsões do tipo são rentáveis para grupos hackers que faturam alto com informações sensíveis aos governos e empresas.

O levantamento mostra que entre 2019 e 2022 mais de 150 TB (terabytes) foram roubados de dados de empresas, governos e organizações, num total de 2.843 vítimas ao redor do mundo.

+ Empresas sob ataque

O Brasil é o oitavo país no ranking de mais atacados e entre os 36 países, os Estados Unidos ocupam o primeiro lugar da lista, com mais de 700 vítimas corporativas e institucionais.

De acordo com a Syhunt, o número de atacados pode ser ainda maior, isso porque os dados roubados são postados na chamada dark web – camada da internet que não pode ser acessada por navegadores comuns e conta com um forte padrão de criptografia. Esses dados que estão expostos podem ser somente uma “vitrine” que esconde ainda mais informações para quem resolve comprar os pacotes.

Nesses ataques, os criminosos acessam os dados da vítima, bloqueiam os sistema e pedem uma espécie de resgate em dinheiro.

“Por trás de cada ransomware está um grupo (uma gangue), que costuma ficar rico ilicitamente – sabe-se que cerca de 40% das vítimas pagam o resgate e que cerca de 25% dos executivos de negócios estariam dispostos a pagar entre R$ 100 mil e R$ 250 mil aproximadamente para recuperar o acesso aos dados criptografados”, indica o relatório.

No Brasil, o Ministério da Saúde teve os sistemas atacados em um padrão do tipo, quando o ConecteSUS foi derrubado com todas as informações de vacinação dos brasileiros. Empresas como Renner, JBS, Fleury e Protege também foram alvo dos ataques ransomware.

Mais informações podem ser encontradas no relatório da Syhunt clicando aqui.