Líderes de grandes companhias endossaram a defesa pela legalização do aborto nos Estados Unidos em um anúncio publicado no jornal New York Times, nesta segunda-feira (10). Segundo os executivos, a restrição no atendimento da medicina reprodutiva, “incluindo o aborto”, é uma ameaça para “a saúde, a independência e a estabilidade econômica de nossos funcionários e clientes.”

Com o título “Don’t Ban Equality” (não proíba a igualdade), o manifesto tem apoio de mais de 180 executivos, como líderes do Tinder, H&M, Twitter e The Body Shop. Segundo os executivos, “é hora de as empresas defenderem os cuidados de saúde reprodutiva” e que a proibição da interrupção da gravidez é contra os seus valores.

Andrea Blieden, gerente geral da The Body Shop dos EUA, diz à CNBC que “o acesso à saúde reprodutiva é reconhecido como um direito humano” e diz que a carta enfatiza a visão da empresa de que é essencial que a lei dos EUA “respeite, proteja e cumpra os direitos humanos.”

O ato ocorre pouco menos de um mês após o estado do Alabama aprovar as mais duras penas contra aborto, podendo condenar os envolvidos a até 99 anos de prisão. Outros estados, como Geórgia, Arkansas, Indiana e Missouri, adotaram medidas semelhantes recentemente. Netflix, Disney e WarnerMedia afirmaram no mês passado que suspenderiam suas produções filmadas na Geórgia caso a lei anti-aborto fosse aprovada.