O Exército colombiano informou nesta terça-feira (20) que 120 militares testaram positivo para o novo coronavírus após retornarem de uma missão de paz e segurança no Egito.

Os soldados faziam parte da Força Multinacional de Observadores (FMO), criada a partir dos acordos de paz entre Israel e Egito de 1979, para monitorar a desmilitarização da Península do Sinai.

Ao chegarem à Colômbia, em 6 de abril, 130 integrantes do batalhão foram isolados em uma unidade militar no município de Fusagasugá, no centro do país, onde realizaram testes de covid-19. Foram obtidos 10 resultados negativos e 120 positivos, “por enquanto, sem nenhuma complicação médica”, informou a instituição militar em comunicado.

De acordo com os estudos realizados em conjunto com a Universidade de Rosário, nove dos casos correspondem à cepa britânica e os outros, à variante C36, “que, normalmente, circula no Egito”, detalha o boletim.

A Colômbia sofre um aumento das infecções e mortes pelo vírus. O governo impôs e intensificou uma série de restrições para conter a terceira onda da pandemia, que deixou o sistema de saúde à beira do colapso.

Embora não tenha relacionado o fato à nova onda de infecções, o Ministério da Saúde informou no sábado que as variantes britânica e brasileira do coronavírus já circulam na Colômbia. Segundo especialistas, a cepa britânica é considerada “preocupante” por causa do seu alto nível de contágio, mas não há evidências de que ela provoque mais mortes ou leve a um estado mais grave do que a cepa original.

A Colômbia registrou 2.667.136 infecções e 68.748 mortes por covid-19 desde que detectou seu primeiro caso, em 6 de março de 2020. Cerca de 3,8 dos 50 milhões de colombianos receberam pelo menos uma dose da vacina contra o novo coronavírus.