Por Manas Mishra e Julie Steenhuysen

(Reuters) – Após um surto recorde de Covid-19 durante a onda da variante Ômicron, cerca de 58% da população dos Estados Unidos no geral e cerca de 75% das crianças foram infectados pelo coronavírus desde o começo da pandemia, segundo uma pesquisa nacional dos EUA publicada nesta terça-feira.

O estudo divulgado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) marca a primeira vez em que mais de metade da população norte-americana foi infectada com o vírus SARS-CoV-2 pelo menos uma vez, e oferece uma visão detalhada do impacto da onda da Ômicron nos Estados Unidos.

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Antes da chegada da Ômicron em dezembro de 2021, havia evidências de que um terço da população dos EUA havia tido uma infecção prévia com SARS-CoV-2.

A Ômicron aumentou as infecções em todos os grupos etários, segundo os novos dados, mas crianças e adolescentes, muitos dos quais permanecem sem vacinação, tiveram as maiores taxas de infecção, enquanto pessoas com mais de 65 anos –faixa da população altamente imunizada– tiveram as menores.

Durante o período entre dezembro e fevereiro, quando os casos de Ômicron devastavam os EUA, 75,2% das crianças com 11 anos ou menos tinham anticorpos relacionados à infecção em seu sangue, em comparação com 44,2% no período anterior de três meses. Entre pessoas com 12 a 17 anos, 74,2% carregavam anticorpos, antes 45,6% entre setembro e dezembro.

As infecções por Covid-19 nos EUA estão em crescimento, disse a diretora do CDC, Rochelle Walensky, a repórteres durante a entrevista coletiva, com um aumento de 22,7% na última semana, para 44.000 caso por dia. As internações subiram pela segunda semana seguida, em 6,6%, no geral graças a subvariantes da Ômicron.

Embora as mortes tenham caído 13,2% na comparação semana a semana, os EUA estão rapidamente se aproximando da infeliz marca de 1 milhão de mortes relacionadas à Covid-19.

(Reportagem de Manas Mishra, em Bengaluru, e Julie Steenhuysen, em Chicago)

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