A maioria das bolsas da Ásia e do Pacífico encerrou os negócios de quinta-feira com ganhos, após os mercados acionários de Nova York embarcarem em um rali e renovarem recordes de fechamento ontem, reagindo a um discurso em que o presidente dos EUA, Donald Trump, reforçou promessas de investir em infraestrutura e reformar o sistema tributário. Na China e em Hong Kong, porém, o dia foi de realização de lucros, após Pequim prometer se esforçar para conter riscos financeiros.

Em Tóquio, a bolsa japonesa também foi impulsionada por novas indicações de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) poderá voltar a elevar juros na reunião deste mês, nos próximos dias 14 e 15. O índice Nikkei subiu 0,88%, a 19.564,80 pontos, terminando o pregão de hoje no maior patamar desde 4 de janeiro.

Ontem, a diretora do Fed Lael Brainard avaliou que a melhora do ambiente econômico nos EUA e no exterior fortalece o argumento para uma nova elevação de juros no curto prazo. Durante a semana, outros dirigentes do Fed fizeram comentários que geraram especulação sobre um aumento de juros iminente.

Em outras partes da região asiática, o índice sul-coreano Kospi avançou 0,53% em Seul, a 2.102,65 pontos, após não operar ontem devido a um feriado nacional, enquanto o Taiex registrou ganho de 0,18% em Taiwan, a 9.691,80 pontos, e o filipino PSEi subiu 0,90%, a 7.234,94 pontos.

Na China, os investidores mostraram cautela e preferiram embolsar lucros após o recém-nomeado chefe do órgão regulador bancário do país, Guo Shuqing, prometer ser mais duro na supervisão de bancos para evitar riscos sistêmicos. O Xangai Composto caiu 0,52%, a 3.230,03 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 0,56%, a 1.997,72 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng teve queda de 0,20%, a 23.728,07 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana também foi impulsionada pelo clima pós-Trump de Wall Street e o índice S&P/ASX 200 avançou 1,3% em Sydney, a 5.776,60 pontos, o maior nível em uma semana. A valorização do S&P/ASX 200 interrompeu uma sequência de cinco pregões de baixa. Com informações da Dow Jones Newswires.