Pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB), das universidades federais da Bahia e de Ouro Preto, Universidade Estadual do Rio de Janeiro, London School of Hygiene & Tropical Medicine e Fundação Oswaldo Cruz comprovaram a efetividade das vacinas Coronavac e Astrazeneca.

O maior estudo já realizado no Brasil mostra que a Coronavac apresenta efetividade de mais de 70% contra o coronavírus. A Oxford/AstraZeneca, por sua vez, pode evitar uma internação hospitalar ou a admissão em UTI em mais de 80% dos casos.

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O levantamento foi publicado na plataforma medRxiv ainda está em formato pré-print, ou seja, não foi revisado pela comunidade científica. Foram analisados dados de 60 milhões de brasileiros, sendo que 26,2% foram imunizados com a Coronavac e o restante com a AstraZeneca.

De acordo com o Metrópole, o estudo avaliou a efetividade das vacinas, o que não é o mesmo que eficácia – pois os dados de efetividade são baseados no cenário real e não no experimento controlado.

A conclusão é que entre as pessoas que tomaram as duas doses da Coronavac, 54,2% tiveram risco menor de infecção pelo coronavírus, 72,6%, menor chance de hospitalização, 74,2% menor risco de precisar de UTI e 74% menor chance de falecer em consequência da Covid-19. Nas pessoas que só tomaram uma dose da vacina, a redução de riscos foi de 50%, 26,5%, 28,1% e 29,4%, respectivamente.

Já no caso da vacina de Oxford/AstraZeneca, pessoas que tomaram as duas doses tiveram 70% menos chance de se infectar, 86,8% menos risco de internação, 88,1% menos chance de admissão em UTI e 90,2% menos risco de morte. Apenas com a primeira dose, os riscos caem 32,7%, 50%, 53,6% e 49,3%, respectivamente.