São Paulo sediará, em dezembro, o “Fórum Brasil Diverso” no Museu da Imagem e do Som (MIS). Com formato inovador e criado a partir de uma iniciativa pioneira sobre inclusão racial e de gênero, o evento tem como objetivo incentivar empresas brasileiras a implementar esse tema no seu cotidiano.

Annie Jean-Baptiste, líder global de inclusão da Google dos Estados Unidos

O Brasil é um dos 15 países com maior desigualdade do mundo e no ambiente corporativo a situação não é diferente. A falta de representatividade de negros em cargos estratégicos apenas faz com que o mercado mantenha esse ciclo de exclusão racial. Tenho alertado aqui neste blog o longo caminho que o País ainda precisa percorrer para que a igualdade de raça e gênero alcance patamares aceitáveis para o pleno desenvolvimento humano.

Andrea Assef, diretora de marketing e vomunicação da J. Walter Thompson Brasil

Nesta primeira edição do “Fórum Brasil Diverso” nomes de peso nacionais e internacionais estarão discutindo o que vem ocorrendo de mais relevante nessa questão no mundo do trabalho. Nomes como: Annie Jean Baptiste, dos Estados Unidos, responsável pela área de diversidade do Google no mundo, será uma das palestrantes do encontro que também contará com as presenças de Norman Barclift, diretor de marketing da Bayer América Latina e Estados Unidos; Maria Cristina Sampaulo, vice-presidente de Recursos Humanos do Goldman Sachs Brasil, entre outros.

São esperadas cerca de 200 pessoas, entre elas, presidentes das organizações, profissionais da área de recrutamento e especialistas.

Norman Barclift, diretor de marketing da Bayer América Latina e EUA

Um dos mediadores do encontro, Theo Van der Loo, ex-presidente da Bayer, é enfático ao dizer que: “Se mais de 50% da população é negra, é justo que haja um reflexo do que é a sociedade nas corporações, sobretudo nos cargos de comando.”

Maria Cristina Sampaulo, vice-presidentew de Recursos Humanos da Goldman Sachs Brasil

Conscientizar as empresas brasileiras é o primeiro passo para conseguir eliminar os problemas decorrentes do escravismo, e, com isso, levar empresas a entenderem a importância da equidade racial e de gênero. Mostrar que não há distinção de riqueza de talento e capacidade entre brancos e negros é essencial para fortalecermos a economia e criar uma sociedade mais justa. Esse pensamento parece ser uma unanimidade neste fórum.