A suspensão obrigatória do Boeing 737 Max 8 por diversas companhias aéreas e países custará à agencia de viagens alemã TUI, a maior da Europa, um prejuízo de aproximadamente US$ 225 milhões (R$ 876 milhões), informou a companhia na última semana. O levantamento leva em consideração se as aeronaves voltarem à atividade a partir de julho.

A companhia opera com 15 jatos do modelo da Boeing, o que representa 10% da sua frota, além de aguardar por novas unidades para o fim do próximo mês. As ações da TUI desvalorizaram 8% no fim da semana, após a divulgação das expectativas de prejuízo. Segundo o comunicado, o prejuízo milionário é a soma do aluguel de novas aeronaves para cobrir o uso dos 737 Max 8 suspensos, além da extensão do contrato de uso de outros jatos.

Os prejuízos da TUI foram os últimos de uma série de perdas causadas pela suspensão do modelo da Boeing após a queda de duas unidades em menos de seis meses. Antes, a companhia aérea norte-americana Southwest Airlines divulgou que cancelou 2,8 mil voos por não poder operar com o 737 Max 8.

Ainda não está claro se a Boeing deverá assumir os prejuízos de companhias e empresas que foram lesadas pela parada obrigatória do seu jato. Na última semana, a fabricante de avião afirmou que solucionou todos os problemas do software do modelo e que em poucas semanas a situação será resolvida.