Ao iniciar a análise da proposta da reforma da Previdência nesta quarta-feira, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), abriu espaço para que três deputados contrários ao texto e três favoráveis discursem no plenário. A medida garante tempo para que o quórum da Casa aumente. Até este momento, 385 deputados estão presentes à sessão.

O líder do Novo, Marcel Van Hattem (RS), afirmou que o melhor para o País é a aprovação da reforma que está na pauta e disse que a sigla defende que a proposta seja “justa para todos”. Ele provocou ainda a oposição ao dizer que os integrantes da legenda abriram mão da aposentadoria parlamentar.

O deputado João Campos (PSB-PE), por outro lado, criticou a medida por acreditar que o impacto será sentido em todo o País. “Essa é uma reforma da caráter fiscal, não vai gerar emprego”, disse.

A deputada Marília Arraes (PT-PE) seguiu a argumentação do colega e disse que a proposta é, na verdade, um “ajuste fiscal feito nas costas do trabalhador”. “Os trabalhadores informais e braçais não têm condições de contribuir ininterruptamente por 40 anos”, disse. Ela também criticou a liberação de emendas parlamentares às vésperas da votação. “Essa reforma está sendo negociada a custas de toma lá, dá cá”, criticou a deputada petista.

Já o deputado Darcísio Perondi (MDB-RS), vice-líder do governo na Casa, cobrou presença dos deputados na Casa para garantir um quórum alto que dê uma boa margem para aprovar a reforma. “Se preparem para talvez entrar no sábado, mas tomara que não. Toda a nação está olhando para nós. O Brasil precisa mais do que nunca de investidores nacionais e internacionais”, disse.