O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, prometeu nessa quarta-feira 26) ser “implacável” se ocorrer uma tentativa de “golpe fascista” e ameaçou radicalizar a sua ação, voltando a citar um suposto golpe de Estado evitado na semana passada.

“Seremos implacáveis numa contraofensiva revolucionária, na tentativa de um golpe fascista”, afirmou Maduro durante encontro com apoiadores do chavismo.

O chefe de Estado enfatizou que as suas declarações não devem ser encaradas como ameaça: “O que pode acontecer é uma revolução mais radical, uma revolução mais profunda”.

Maduro informou que as autoridades estão buscando militares ativos e aposentados, polícias e funcionários civis envolvidos no alegado golpe, que teria sido operacionalizado na Colômbia, nos Estados Unidos e também em solo venezuelano.

O presidente disse que tem “mais de 56 horas” de gravações dos envolvidos e, após longo período de 14 meses, deu “a ordem para deter a todos”, atribuindo o fracasso dessa insurreição à “tremenda moral e consciência dos oficiais”.

Entre os suspeitos planos dos conspiradores estaria o assassinato de membros do governo e de generais da Força Armada Nacional da República Bolivariana da Venezuela, bem como de pessoas ligadas aos chamados “coletivos” – organizações que o apoiam -, bem como o uso de explosivos para “destruir serviços públicos”.

A Venezuela vive período de intensa tensão política desde janeiro, depois de Maduro ter tomado posse para um segundo mandato, na sequência de eleições que a oposição considera fraudulentas.

O presidente do Parlamento venezuelano, Juan Guaidó, autoproclamou-se presidente interino, tendo sido reconhecido por mais de 50 países.