BRASÍLIA (Reuters) – Chefes de Estado e governo de vários países estarão presentes na posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva em 1º de janeiro, mas um pode ter problemas para entrar no Brasil, o presidente de esquerda da Venezuela, Nicolás Maduro.

A equipe de transição de Lula ainda não enviou convites, mas assessores disseram que todos os países com relações diplomáticas com o Brasil serão convidados.

Um decreto assinado em agosto de 2019 pelo atual presidente Jair Bolsonaro impede que autoridades de alto escalão do governo venezuelano visitem o Brasil.

Bolsonaro reconheceu o líder da oposição venezuelana, o presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, como o chefe de Estado legítimo da Venezuela e aceitou as credenciais diplomáticas de sua enviada, María Teresa Belandria.

Os diplomatas de Maduro foram declarados “persona non grata” pelo governo Bolsonaro, embora o judiciário brasileiro tenha impedido sua expulsão.

Belandria nunca teve acesso à embaixada venezuelana em Brasília. Ela morava e trabalhava de um quarto de hotel.

Com os sinais de que esse cenário irá mudar, ela está fazendo as malas. Belandria planeja deixar o Brasil antes de Lula se tornar presidente. O PT disse que reconhecerá Maduro.

“Ela não ia esperar e dar a eles a chance de mandá-la embora”, disse um porta-voz de Belandria.

(Reportagem de Anthony Boadle, em Brasília)

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