As entregas em domicílio deverão responder por até 35% das vendas do Madero no fim do ano, contra um porcentual de apenas 3% antes da crise, destacou o presidente da rede de restaurantes, Junior Durski. “Vamos estabilizar no fim do ano com 25% a 35% de delivery”, disse, durante evento promovido pelo Santander nesta segunda-feira.

Segundo o executivo, o crescimento do delivery é apenas uma das janelas de oportunidade que se abriram com a pandemia. Grupos como o Madero tendem a se beneficiar com o fechamento de concorrentes, movimento que tende a compensar, por exemplo, a queda na renda do brasileiro, na esteira do enfraquecimento da economia. “No nosso setor, a estimativa é que vão ser fechados pelo menos 20% dos restaurantes. Isso vai diminuir a oferta e vai compensar o número de clientes menor (com a queda da renda)”, defendeu.

Durski disse que neste ano o grupo terá uma expansão menor da rede do que havia projetado. Entretanto, a aposta é de que o Modero acelere seu crescimento em 2021, sobretudo com a boa oferta de mão de obra e custos mais baixos, como aluguel de lojas.

Depois de demitir 600 funcionários em abril, o grupo deu sinalização de retomada. Segundo Durski, cerca de 400 destes colaboradores já foram realocados. “Agora em agosto, setembro, vamos trazer de volta para a equipe os cerca de 200 que estão faltando”, disse. Apesar de demitir, a rede ofereceu uma ajuda de custo de R$ 500 aos profissionais enquanto eles não eram recontratados.