Com as 61 pessoas infectadas pelo coronavírus no navio Diamond Princess, atracado na costa de Yokohama, Japão, os dias de luxo ao mar agora dão espaço para uma rotina de aprisionamento e incertezas.

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O vírus chinês já atingiu mais de 31 mil pessoas e matou outras 638, boa parte delas na cidade de Wuhan, marco-zero da epidemia na China.

Somente à bordo do Princess são mais de 3700 pessoas. Outros dois navios, o Westerdam, que vaga pelo leste asiático buscando local para atracar, e o World Dream, parado em Hong Kong, passam pela mesma situação.

A BBC publicou depoimentos dando conta de que a rotina é rígida, com saídas controladas e regras de relacionamento em grupo, como por exemplo, só usar máscaras, manter uma distância mínima de um metrô entre as pessoas e não conversar em público.

Os dias de luxo à bordo do Princess se encerraram. Apesar do alto gasto com as viagens, os tripulantes contam que estão usando roupas sujas e lavando peças íntimas com sabonete.

O sentimento de prisão marítima é ainda maior àqueles que estão em cabines sem janelas ou saída de ar fresco. O temor é de que o ar interno acabe espalhando vírus pelo navio e chegue aos que não estão infectados.

Segundo a CNN, uma alternativa encontrada pelos tripulantes norte-americanos foi a de entrar em contato com empresas de seguro de vida para encontrarem uma forma segura de voltar aos Estados Unidos.

Nesta sexta-feira (7) um argentino foi diagnosticado com coronavírus no Princess. Sem identidade revelada, ele é o primeiro latino-americano na lista de infectados pelo mundo. Até o momento as autoridades locais deram conta de que 21 japoneses, oito americanos, cinco canadenses, cinco australianos e um britânico, além do argentino, foram infectados.