Preso no engarrafamento, o executivo não perde tempo. Reunido com seus assessores, define estratégias para o fechamento de transações importantes. O trânsito está parado, mas ele circula rapidamente pelo mundo dos negócios. Em seu espaçoso e luxuoso escritório sobre rodas, um lap-top o conecta à Internet, a tevê traz as últimas notícias e o fax recebe documentos. O telefone toca e ele busca respostas precisas em relatórios que surgem em monitores de multimídia. Quando o tráfego se normaliza, as operações estão concluídas e ainda há tempo para um brinde. No DVD, um clipe com o sucesso do momento, e no bar refrigerado, champanhe. Tudo isso, sem sair do carro. Ou melhor, de uma superlimusine, produzida para poucos. A novidade nessa área é a Pullman, da Mercedes-Benz. O veículo, que tem sete metros de comprimento, não sai por menos de US$ 1 milhão ? o preço varia bastante, de acordo com os acessórios ? e os interessados, normalmente xeques, presidentes e embaixadores, podem esperar até um ano para que ele seja entregue. ?É um veículo sob encomenda?, diz Sérgio Luís Gomes, diretor da Europa Motors, credenciada da Mercedes-Benz, que já recebeu duas consultas sobre o modelo.

A Mercedes é a única montadora de luxo que tem uma limusine entre seus produtos de série. Outras marcas como a Volvo, por exemplo, podem até fazer um carro desses, mas só em situações especiais. Na maioria dos casos, as limusines que se vê nas ruas são carros adaptados por empresas especializadas. Para quem pretende andar a bordo de um escritório mas não quer esperar o carro ficar pronto, existem boas opções. Há alguns modelos de luxo com confortos high tech como GPS, DVD e aquecedores de assento (confira quadro). Perto do preço da Pullman eles levam uma boa vantagem: custam cerca de R$ 300 mil.