Como surgiu a Finacap?
Nossa gestora nasceu a partir da corretora do banco Banorte. O banco sofreu intervenção do Banco Central em 1996, mas a corretora não tinha problemas. Havia cerca de 200 carteiras administradas, a maioria com grandes investidores. Assim, em 1997, reunimos alguns dos maiores clientes e transformamos a estrutura em uma gestora de recursos, o que permanece até hoje. Em 2014 passamos a distribuir nossos produtos em plataformas de investimento.

Qual o perfil da empresa?
Somos uma das gestoras independentes mais antigas atuando com cerca de R$ 1 bilhão em recursos administrados. E somos uma das poucas gestoras fora do eixo Rio-São Paulo. Originalmente o Banorte ficava em Pernambuco, onde nossas operações permanecem.

Quantos fundos a Finacap oferece?
Temos um fundo de ações, um fundo multimercado e um fundo de previdência privada. O fundo de ações chama-se Mauritsstad. Quer dizer “cidade de Maurício”, uma referência ao Maurício de Nassau, que governou Recife durante a dominação holandesa.

Qual a estratégia do fundo?
Pensamos em aplicações de longo prazo, e avaliamos o desempenho das ações em que investimos como se estivéssemos investindo em participações de empresas. Assim, avaliamos o lucro, as vendas e as variações do patrimônio líquido das companhias cujas ações compramos como se o fundo fosse uma holding.

Funciona?
Os resultados têm sido bons: nos 12 meses até agosto, o resultado foi de 26%, ao passo que o Ibovespa rendeu 19,5%. Desde o início do fundo, em 1997, o retorno acumulado foi de 1.104% ante 460% do Ibovespa. O fundo de previdência tem a distribuição da Icatu e investe 70% de seu patrimônio no fundo de ações, sendo o restante em renda fixa. É um produto adequado para a previdência, pois tem uma estratégia de valorização de longo prazo.

E o fundo multimercado?
Esse fundo está investindo agora a maior parte dos recursos, cerca de 90% em renda fixa, a maior parte pós-fixada e também vinculada à inflação. Em 12 meses até agosto, o fundo apresentou uma rentabilidade de 5,4% ante 2,7% dos juros de mercado, medidos pelo CDI.

SUCESSO DOS ETFS

Apesar de não serem a categoria dos fundos com mais recursos, os Exchange Traded Funds (ETF), fundos fechados cujas cotas são negociadas em bolsa, vêm subindo no gosto dos investidores. Segundo dados da Anbima, associação que representa o setor, nos 12 meses até 17 de setembro eles receberam aportes de recursos equivalentes a pouco mais de 25% de seu patrimônio total. O que atrai os investidores é a flexibilidade desses produtos. Em geral, eles reproduzem índices de ações brasileiras e também dos mercados internacionais, e podem incluir ativos como moedas e criptomoedas.

EM ALTA
1,3% 

Foi o aumento do crédito ampliado ao setor não financeiro em agosto, alcançando R$ 12,9 trilhões, ou 155,8% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo dados divulgado pelo Banco Central (BC). A variação mensal refletiu crescimentos de 1,5% nos empréstimos e financiamentos e de 1,6% nos títulos de dívida. A dívida externa cresceu 0,7% no período, devido à depreciação cambial de 0,42% registrada no mês. O crédito ampliado a empresas também teve alta de 0,9%, atingindo R$ 4,4 trilhões.

EM BAIXA
0,6 ponto

Foi a queda no Índice de Confiança da Indústria (ICI) em setembro, indo para 106 pontos. Conforme levantamento feito pela Fundação Getulio Vargas (FGV), a pressão inflacionária e todas as incertezas econômicas e políticas derrubaram a confiança dos empresários pelo segundo mês consecutivo. De acordo com a nota da instituição, as percepções quanto à situação presente e futura vêm oscilando devido às pressões de custo, ao alto desemprego, e às instabilidades econômicas e institucionais.