Como nasceu a Ryo?
Eu e os demais sócios trabalhamos durante bastante tempo no Opportunity. Passei 16 anos lá, comecei como estagiário dedicado à análise de empresas, ajudando os gestores a tomar suas decisões. Após alguns anos, o time de analistas de ações havia montado uma carteira que fazia parte dos fundos multimercados. Em 2011, um time da gestão de multimercados partiu para criar uma gestora independente. E com isso transformamos nossa carteira em um fundo de ações dentro do Opportunity, com uma estratégia diferente da média.

Qual era a estratégia?
Geríamos um fundo de ações long bias, mas com muita liberdade. Poderíamos manter de 20% a 100% do patrimônio em ações, tínhamos mais flexibilidade para calibrar o risco e podíamos comprar ações fora do Brasil. Havia uma equipe de seis analistas que cuidava desses fundos.

Vocês estão reproduzindo essa estratégia na Ryo?
Sim. Quando tomamos a decisão de fundar a Ryo Asset os seis analistas vieram. O time chegou alinhado, o que facilitou o começo. As pessoas se conhecem, já sabem como cada um pensa, então adotamos os mesmos processos decisórios e a mesma cobertura de empresas. Isso reduziu muito a incerteza no começo, não houve uma fase de adaptação e de conhecimento entre as pessoas. A capacidade no Opportunity era muito grande, tínhamos um histórico de dez anos e geríamos R$ 4,7 bilhões.

Quantos fundos vocês gerem?
Temos dois fundos de ações, o Selection e o Long Bias. As carteiras são bastante parecidas, a diferença é a flexibilidade das estratégias. No Long Bias é possível ter de 20% a 100% do patrimônio em ações, no caso do Selection o porcentual em ações oscila de 90% a 100%. O patrimônio total está ao redor de R$ 560 milhões, sendo R$ 340 milhões no Long Bias e R$ 220 milhões no Selection. Nossa meta é chegar a R$ 1 bilhão até o fim do ano, mas o momento não está fácil para a bolsa e não temos pressa.

Quais são as maiores posições?
Deliberadamente, nossa estratégia mantém uma correlação baixa com o Ibovespa. Assim, nossas principais posições não são as empresas mais líquidas na Bolsa. A participação mais relevante é na Equatorial, seguida por Hapvida, PagueMenos e Arcos Dorados.

NORD RESEARCH LANÇA PRIMEIRO FUNDO DE AÇÕES

A casa de análise independente Nord Research lançou seu primeiro fundo de ações. A carteira será composta pelas ações sugeridas pelos analistas da Nord, e a meta é captar até R$ 200 milhões ainda em 2021. Segundo o sócio da Nord Renato Breia, que é responsável pela gestora, o fundo vai cobrar taxas menores que a média do mercado. A taxa de administração é de 1% e a de performance será 10% do que superar o Ibovespa.

FRAUDE SERÁ O MAIOR RISCO PARA BANCOS EM 2022

Reduzir as fraudes será o maior desafio das instituições financeiras em 2022, segundo 40,74% dos consultados pela pesquisa Tendências de Tecnologia, realizada em outubro pela Neurotech. A transformação do mercado de crédito com a entrada de novas tecnologias é o fator de preocupação de 22,22% dos participantes. Para 14,81%, o medo será a captura e estruturação de milhares de novos dados. A experiência do cliente na era digital aparece em 11,11%.

MELHORTAXA BATE RECORDE COM SELIC ALTA

A plataforma digital de distribuição de empréstimos imobiliários Melhortaxa registrou um recorde de acessos devido à alta da taxa Selic. Em outubro foram 145 mil visitas, segundo melhor mês para a empresa, perdendo apenas para setembro, quando foram realizadas 158 mil visitas. Para 2022 a expectativa da empresa é receber 3 milhões de visitantes, totalizando 200 mil pedidos de crédito imobiliário, ou R$ 80 bilhões.

EM ALTA
63% 

Foi o crescimento da importação de energia pelo Brasil entre os meses de janeiro e outubro em comparação com o mesmo período de 2020 em função da crise hídrica. A falta de chuvas provocou uma disparada nas compras feitas da Argentina e do Uruguai. Paralelamente, houve menos importações do Paraguai, pois a seca reduziu a geração da usina de Itaipu. A expectativa é de que as compras diminuam com a volta das chuvas e o aumento do nível dos reservatórios.

EM BAIXA
0,9% 

Foi a queda do indicador de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) em novembro ante outubro, segundo informou a Confederação Nacional do Comércio (CNC). Foi a primeira queda desde maio após cinco altas consecutivas. Seis dos sete itens avaliados para o cálculo do ICF recuaram em novembro. No entanto, o indicador ainda está 5,1% acima do nível de 2020 devido à base de comparação fraca. Segundo a CNC, a queda representa a maior cautela por parte das famílias.