A Nissan informou nesta quinta-feira (13) que o lucro operacional da empresa ficou em 54,3 bilhões de ienes (US$ 495 milhões) nos últimos três meses de 2019, resultado 83% menor que o registrado no mesmo período do ano anterior.

A receita líquida da montadora japonesa foi de 7,5073 trilhões de ienes (US$ 68,4 bilhões).

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O anúncio gerou uma rápida reação no mercado e as ações da montadora caíram 1,5% na Bolsa de Tóquio, segundo reportou a CNN.

Existia uma previsão feita por analistas da Refinitiv dando conta de que o lucro da Nissan estaria em 56, 7 bilhões de ienes (US$ 516 milhões), o que não foi comprovado com o anúncio desta manhã.

O relatório é mais uma mancha na conta da montadora japonesa, que vêm lidando com vendas lentas, o mega escândalo de corrupção envolvendo o ex-presidente Carlos Ghosn gerando mídia negativa sobre a empresa e agora o coronavírus acende mais um alerta no radar da Nissan.

“O mercado continua difícil, em parte por causa do novo surto de coronavírus”, disse o CEO da Nissan, Makoto Uchida, durante a apresentação de resultados na quinta-feira.

Na semana passada a empresa havia dito que a escassez de peças chinesas afetaria a produção da fábrica de Kyushu, no Japão, mas existe uma previsão de que pelo menos duas fábricas da montadora na China voltem a funcionar até o próximo dia 17.

Como a Nissan, a General Motors, Renault, Honda e Peugeot possuem fábricas em Wuhan, considerada uma “motor city” e marco-zero do coronavírus, que até o momento já matou 1370 pessoas e infectou mais de 60 mil.

Dada a expansão do vírus, a leitura inicial das empresas é de que a produção e venda de automóveis será ainda pior que o surto da SARS, no em 2003.