Papéis avulsos

A Magazine Luzia apresentou lucro líquido ajustado de R$ 136 milhões no terceiro trimestre, alta de 12,4% e acima das expectativas do mercado. A receita líquida total cresceu 46,9% para R$6,8 bilhões, com aumento de 96% no e-commerce e 19% nas lojas físicas. A geração de caixa medida pelo lucro antes de impostos, taxas, depreciações e amortizações (Ebitda) totalizou R$ 300,7 milhões, aumento de 7% em relação ao terceiro trimestre de 2018. A margem Ebitda, porém, caiu para 6,2% em 2019 ante 7,7% em 2018. Em relatório, a Guide Investimentos afirmou que segue confiante com o case de Magazine Luiza e que incluiu o papel na carteira top picks de outubro. “A empresa demonstra em mais um trimestre a sua capacidade de crescimento exponencial e grande diferencial competitivo em relação aos outros pares do setor”, diz. A casa de análise Levante destacou o forte crescimento do varejo eletrônico, cujo faturamento praticamente dobrou e agora representa 48% das vendas totais. “Esperamos forte impacto positivo no preço das ações (MGLU3) no curto prazo, pois a empresa conseguiu novamente entregar um resultado acima do esperado”, afirma.

 

Bancos

Resultado do Santander Brasil avança 20,4% até setembro

O lucro líquido gerencial do Santander Brasil atingiu R$ 10,824 bilhões nos nove primeiros meses de 2019, alta de 20,4% em 12 meses e de 1,9% em três meses, conforme balanço divulgado pelo banco. As receitas totais totalizaram R$ 48,336 bilhões nos nove primeiros meses de 2019, aumento de 6,5% em 12 meses e de 0,3% em três meses. Já o retorno sobre o patrimônio líquido atingiu 21,1% no terceiro trimestre, queda de 0,2 ponto percentual ante os 21,3% obtido no trimestre fechado em junho.

 

Destaque no pregão

Base de clientes da Cielo expande 18,9% no trimestre

A Cielo informou em seu balanço do terceiro trimestre que a base ativa de clientes ultrapassou a marca de 1,5 milhão, aumento de 18,9% em relação a igual período do ano passado, e alta de 4,7% na comparação com o número reportado em junho. A receita líquida no trimestre foi de R$ 2,799 bilhões, redução de 5,5% em comparação a do mesmo período de 2018 e em relação ao trimestre anterior permaneceu estável. O lucro líquido consolidado da Cielo totalizou R$ 358,1 milhões no terceiro trimestre, resultado abaixo dos R$ 416 milhões projetados por analistas do mercado, registrou a corretora Terra Investimentos, em nota. Em relatório, a Guide Investimentos avaliou que devido ao ambiente competitivo ainda intenso, aumento de custos ligados ao volume transacionado, bem como aos gastos relacionados à integração da Stelo e à expansão da força comercial, os números vieram abaixo da expectativa do mercado, mas considera o impacto marginalmente positivo para os papéis da companhia.

Palavra do analista:
“Apesar dos números fracos, acreditamos em uma reação positiva das ações da Cielo, pelo fato de a companhia apresentar pelo terceiro trimestre consecutivo expansão no volume financeiro transacionado e crescimento na base ativa de clientes, demonstrando capacidade de competir e manter a posição de liderança”, diz a equipe da Guide, em relatório.

 

Farmácias

Raia Drogasil cresce em SP

A RD (antiga Raia Drogasil) reportou que sua participação de mercado no Estado de São Paulo avançou 2,5 pontos percentuais para 25,7% em setembro de 2019, na comparação com o mesmo período do ano passado. A empresa também cresceu nas regiões: Norte (+3,2 p.p.), Nordeste (+2,1 p.p.), Centro-Oeste (+1,9 p.p.) e Sul (+1,1 p.p.). No balanço, a empresa divulgou lucro líquido ajustado de R$ 135,6 milhões no terceiro trimestre de 2019, alta de 16,3% na comparação com igual trimestre de 2018.

 

Touro x Urso

O Federal Reserve (FED, o BC dos EUA) reduziu o intervalo de juros em 0,25 ponto percentual, para o intervalo entre 1,50% e 1,75%, e diminuiu a taxa de desconto em 0,25 ponto para 2,25% e a taxa sobre excesso de reservas para 1,55%. Na decisão, houve voto contrário de dois membros. Segundo notou o economista do Modalmais, Alvaro Bandeira, o mercado de trabalho lá segue forte e a atividade, moderada. Os gastos dos consumidores subiram, mas as exportações estão fracas.

 

 

Mercado em números

FINTECHS
US$ 10 bilhões – É o montante que classifica uma empresa de tecnologia na categoria de deca-unicórnio. Em relatório Venture Pulse, a KPMG, citou que duas fintechs brasileiras tiveram mega-aportes de captação no terceiro trimestre, a QuintoAndar (US$ 250 milhões) e o Nubank (US$ 400 milhões)

FAMÍLIA PREVIDÊNCIA
R$ 7,2 bilhões – É o volume em patrimônio alcançado pela Fundação Família Previdência. A entidade também bateu sua meta de duas mil novas adesões aos planos previdenciários em 2019. A fundação tem um total de 17,5 mil participantes e entregou uma rentabilidade consolidada de 15,86% de janeiro a setembro

LEVANTE
240 mil – É o número de assinantes da casa de análise independente Levante alcançado em apenas um ano e meio de atividade. A empresa que fornece relatórios e educação financeira para pessoas físicas pretende abrir o capital no primeiro semestre de 2020 no Bovespa Mais, segmento de acesso da B3

 

Número da semana

3,15%

Foi a variação acumulada do Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) nos últimos 12 meses até outubro, segundo cálculo do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador serve como referência para o reajuste de contratos de aluguéis. Em outubro, o IGP-M avançou 0,68%, bem superior a taxa de -0,01% de setembro, mas abaixo da alta de 0,89% registrada no mesmo mês de 2018. Entre os indicadores componentes do IGP-M, o destaque ficou com o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que variou 1,02% em outubro, após queda de 0,09% em setembro. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou 0,17% em outubro, contra -0,15% no mês anterior. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de -2,41% para 4,36%, no mesmo período. O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, subiu 0,23% em outubro, após alta de 0,31% no mês anterior.

 

 

Entenda o risco

É o momento para comprar dólar?

Eleição nos EUA causará mais volatilidade

Se o objetivo é viajar para turismo ou negócios aos Estados Unidos, a recomendação básica é ir comprando aos poucos. Dessa forma, ao longo do tempo até a data da partida, a cotação será um preço médio, formado por altas e baixas. Mas se o objetivo for entrar num fundo cambial ou comprar dólares para obter lucro com a venda, o risco é bem maior, segundo especialistas. No radar para 2020 está a eleição presidencial americana que trará “muita volatilidade” aos mercados. Para Bernard Tamier, economista da Gap Asset Management, o real deve se valorizar no próximo ano, a depender do nosso crescimento e da continuidade das reformas. “O real não está tão ruim assim, quando a cotação saiu de R$ 3,80 e foi para R$ 4,20 todo mundo avaliou que estava ruim, mas agora, está em torno de R$ 4 no mercado à vista, e talvez possa se apreciar mais um pouco”, afirma. Fabrizio Velloni, economista e chefe da mesa de câmbio da Frente Corretora, também diz que a tendência é de um real mais forte. “Aqui, nos EUA, a reeleição de Donald Trump é dada como favas contadas. O americano médio gosta deste posicionamento dele na guerra comercial com a China. Os democratas vão ter de resolver o problema de identidade do partido antes”, afirma Velloni, da Flórida (EUA), referindo-se ao fato que a atuação do atual presidente desvaloriza o dólar. Outro fator é que o mercado espera que o Federal Reserve (FED, o banco central dos EUA) mantenha os juros relativamente baixos no próximo ano, cenário que enfraquece a moeda americana na comparação com divisas de outros países.