O Banco Votorantim apresentou lucro líquido de R$ 352 milhões no segundo trimestre deste ano, cifra 37,5% maior que um ano antes, de R$ 256 milhões. Em relação aos três meses anteriores cresceu 4,8%.

“Esse aumento reflete o avanço na estratégia e foi impulsionado pelo crescimento da margem bruta e das receitas com serviços e corretagem de seguros, por menor custo de crédito, e por menores despesas administrativas e de pessoal, em linha com a estratégia de incremento da eficiência operacional”, explica o Votorantim, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras.

No primeiro semestre, o lucro líquido do banco totalizou R$ 688 milhões, elevação de 34,6% ante um ano, de R$ 511 milhões. “O resultado reflete nosso plano estratégico de rentabilização dos negócios, aumento da eficiência operacional e diversificação das receitas. Seguimos com nossos investimentos na transformação digital para melhorar a experiência do nosso cliente, reforçando nossa cultura e ampliando o engajamento dos nossos colaboradores”, resume Elcio Jorge dos Santos, presidente do Banco Votorantim, em nota à imprensa.

O Votorantim encerrou junho com carteira de crédito ampliada de R$ 61,738 bilhões, elevação de 2,7% ante março e de 4,3% em um ano. O empurrão veio do segmento de varejo, com altas de 3,4% e 11,3%, respectivamente. A carteira de atacado cresceu no comparativo trimestral a uma taxa de 1,4% ao fim de junho frente a março, mas encolheu 7,3% em 12 meses.

O patrimônio líquido do Votorantim era de R$ 9,745 bilhões no segundo trimestre, 4,2% maior em um ano. Em três meses teve leve queda de 0,4%.

Seu retorno sobre o patrimônio líquido (ROAE, na sigla em inglês) atingiu 15,2% no segundo trimestre, considerando o critério exponencial. O indicador foi 0,4 ponto porcentual maior ante os três meses anteriores e 3,6 p.p em um ano. No critério linear ficou em 14,4%, melhoras de 0,4 p.p. e 3,3 p.p, respectivamente.

O Votorantim encerrou junho com R$ 93,579 bilhões, redução de 4,7% em um ano. Frente a março, a cifra foi 0,2% maior.

O Banco Votorantim, de Banco do Brasil e a família Ermírio de Moraes, caminha para listar suas ações na bolsa. No início do ano, os sócios contrataram o JPMorgan para coordenar o trabalho de preparação para uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês).

O movimento é a oportunidade do BB desovar sua participação de 49,99% do capital com direito a voto do banco, algo já esperado pelo mercado, uma vez que o ativo está na sua lista de desinvestimentos e não é de hoje.

Já a família Ermírio de Moraes, que chegou a cogitar deixar o negócio ou vender parte de sua fatia de 50,01% do capital com direito a voto, pode ficar permanecer com o ativo por mais tempo em meio à melhora dos resultados da instituição.