As ações da mineradora Vale subiram 5,3% na quarta-feira (27), com os investidores antecipando os resultados do primeiro trimestre. O lucro líquido de US$ 4,46 bilhões representou uma baixa de 19,6% ante os US$ 5,54 bilhões do primeiro trimestre de 2021, mas ficou acima das expectativas dos analistas. Segundo a empresa de informações Refinitiv, o resultado esperado era um lucro de US$ 4,24 bilhões. O faturamento foi de US$ 10,8 bilhões, queda de 13,9% ante os US$ 12,55 bilhões do mesmo período de 2021. Segundo a companhia, os lucros e a receita encolheram devido a interrupções na produção pelas fortes chuvas ocorridas na região Sudeste durante o primeiro trimestre. No entanto, a empresa informou que essa quebra na atividade foi parcialmente compensada pelo aumento das cotações do minério de ferro nesse período. O preço de referência do minério foi de US$ 141,60 por tonelada, alta de 29,6% em relação ao quarto trimestre de 2021.

TELECOMUNICAÇÃO
TIM ganha R$ 16 bi em sinergias com a Oi

Depois de um ano e quatro meses foi concluída na quarta-feira (20) a venda dos ativos móveis da Oi para as concorrentes TIM, Vivo e Claro. A TIM declarou esperar ganhos de R$ 16 bilhões com sinergias até 2042 após incorporar os ativos da Oi, que entrou em recuperação judicial. A Tim ficou com 16,4 milhões de clientes da concorrente (56% de planos pré-pago e 44% pós-pago) e 2,8 mil sites adicionais, pelo valor de R$ 7 bilhões. A aquisição elevou a participação da TIM no mercado de 20% para 27%.

INDÚSTRIA
WEG registra avanço de 23,5% 

Aumento das vendas de equipamentos para geração de energias e reconhecimento de créditos tributários ajudaram a elevar o lucro líquido da Weg no primeiro trimestre para R$ 943,9 milhões, alta de 23,5% ante igual período de 2021. A geração de caixa medida pelo Ebitda ajustado cresceu 21,3%, totalizando R$ 1,23 bilhão. A margem Ebitda ajustada atingiu 18,1%, 1,9 ponto percentual menor que a registrada no quarto trimestre de 2021. No total, a receita líquida ficou em R$ 6,83 bilhões entre janeiro e março deste ano, alta de 34,5% na comparação anual.

ENERGIA
Tarifas ajudam a Neoenergia

O lucro da Neoenergia subiu 20% no primeiro trimestre de 2022, para R$ 1,2 bilhão. A receita liquida da companhia saltou 15% para R$ 9,5 bilhões. Os reajustes tarifários ajudaram a impulsionar os resultados da empresa de energia e equilibraram os gastos maiores com dívidas. Os números ficaram acima das expectativas de mercado, dando continuidade à tendência positiva reportada nos últimos trimestres. Isso ocorreu apesar da redução de 1,3% na comparação anual da energia distribuída, que representa cerca de 80% da geração de caixa medida pelo Ebitda consolidado.

COSMÉTICOS
Polêmica na divulgação da Natura 

Os rumores sobre o vazamento do resultado da Natura no primeiro trimestre de 2022, antes da divulgação oficial, derrubaram as ações da companhia em 15,58% na quarta-feira (20). O departamento de Relações com Investidores conversou com analistas para alinhar as expectativas. Isso foi visto com uma divulgação antecipada, o que levou a empresa a publicar um Fato Relevante na quinta-feira (21). A Natura vem enfrentando pressão de custos e redução das margens. A perspectiva é de um trimestre fraco, com um recuo da receita líquida estimado entre 12,7% a 13,3% no ano contra ano, atingindo R$ 8,2 bilhões no trimestre.

DESTAQUE NO PREGÃO
Santander foca nos clientes

Divulgação

Primeiro dos grandes bancos de varejo a divulgar seu resultado entre janeiro e março, o Santander anunciou um lucro líquido de R$ 4,005 bilhões, alta de 1,3% ante o mesmo período de 2021 e de 3,2% em relação ao trimestre anterior. O resultado foi positivo apesar do aumento da inadimplência, que subiu de 3,6% para 4% da carteira nas pessoas físicas e de 2,7% para 2,9% no total, considerando-se atrasos superiores a 90 dias. Primeiro resultado a ser divulgado na gestão de Mario Roberto Leão, sucessor de Sérgio Rial, o resultado manteve a rentabilidade patrimonial em 20,3%, em linha com os trimestres anteriores. Segundo Leão, o banco vai concentrar sua atuação ao longo do ano para aprofundar a relação comercial com os clientes, inspirando-se em empresas de varejo. “Vamos transformar nossas agências em lojas e nossos funcionários vão vender produtos usando tablets”, disse Leão.