A petroquímica Unipar fechou o segundo trimestre com lucro líquido 118% maior no segundo trimestre, em comparação ao mesmo intervalo do ano passado, para R$ 539 milhões. Frente ao primeiro trimestre, o resultado aumentou 20%.

O Ebitda avançou 102,2% no mesmo intervalo comparativo, atingindo R$ 861 milhões, e 4,2% em relação ao primeiro trimestre. A receita líquida cresceu 72,3% em 12 meses e 5,9% no trimestre, para R$ 2 bilhões. A dívida líquida ficou negativa em R$ 662 milhões, acima dos R$ 433 milhões do primeiro trimestre.

Nos primeiros seis meses do ano, a Unipar registrou lucro líquido 87,2% superior do que o primeiro semestre de 2021, totalizando R$ 988 milhões. A receita líquida foi de R$ 3,9 bilhões e Ebitda de R$ 1,7 bilhão no mesmo período comparativo, representando uma alta de 57% e 70,3%, respectivamente.

“O destaque deste trimestre veio de nossa operação na Argentina e da manutenção do elevado uso de capacidade de nossa unidade de cloro e soda em Cubatão que, combinado aos preços internacionais favoráveis de soda cáustica, compensaram a queda na demanda por PVC”, disse o presidente da Unipar, Mauricio Russomano, ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

A guerra na Ucrânia, junto ao aumento no custo de logística internacional e ao fechamento de fábricas nos Estados Unidos causaram aumento da demanda externa pelo produto.

Em Cubatão, a utilização da capacidade instalada foi de 91%, enquanto na Argentina, o nível de uso da capacidade instalada foi a 85%, patamar não atingido há cinco anos, de acordo com ele. “Bahía Blanca voltou ao nível de operação de excelência e, por conta disso, exportamos mais a partir da Argentina, o que trouxe uma contribuição relevante para o resultado”, comentou.

Na contramão, a desaceleração do setor de construção trouxe queda de 10% nos preços do PVC e desaquecimento na demanda, impactando na utilização da capacidade instalada da planta de Santo André, que recuou de 89% no primeiro trimestre para 85%.

Russomano fez projeções para o desempenho em PVC, mas disse que a companhia está atenta ao impacto na construção civil da trajetória do juro no Brasil e de riscos de desaceleração econômica mais forte nos Estados Unidos.