SÃO PAULO (Reuters) – A SLC Agrícola, uma das maiores produtoras de grãos e oleaginosas do Brasil, registrou lucro líquido de 797 milhões de reais no primeiro trimestre, com crescimento de 152,9% frente ao mesmo período do ano passado, com impulso de melhores preços das commodities agrícolas.

“Esse aumento é reflexo do crescimento do resultado bruto, parcialmente compensado pelo incremento das despesas gerais e administrativas e pelo aumento no imposto de renda e contribuição social”, disse a SLC.

Houve um acréscimo de 186,8% no resultado bruto devido à expansão de margem para todas as culturas. Adicionalmente, destaca-se o maior volume expedido de algodão e soja, também com “significativo” aumento.

A geração de caixa livre foi positiva no trimestre, atingindo 449 milhões de reais devido ao maior volume faturado no período, principalmente de soja, aliado a antecipação de fornecedores realizada no quarto trimestre, impactando na maior disponibilidade de caixa realizada no período

O indicador de geração de caixa (Ebitda ajustado) no trimestre atingiu 1,259 bilhão de reais, com crescimento de 176,5%. A Margem Ebitda Ajustada foi de 52,3%, aumento de 15,2 pontos.

AJUSTE POR SECA

A empresa disse que finalizou o plantio do algodão, tanto primeira quanto segunda safra, e do milho safrinha dentro da janela ideal, mas teve de ajustar as produtividades da safra 2021/22 devido à seca.

A produtividade estimada do algodão primeira safra passou de 1.871 kg/ha para 1.807/ha em relação ao projetado, apresentando declínio de 3,4%.

O algodão segunda safra sofreu ajuste negativo de 9% em relação ao orçado, enquanto o milho segunda safra teve a produtividade reduzida de 7.586 kg/ha para 7.188/ha, sendo 6,8% inferior ao orçado.

“Nos meses de março e abril tivemos deficiência hídrica em três fazendas da Bahia, o que afetou o potencial produtivo do algodão na safra. Já a deficiência hídrica no oeste do Mato Grosso na mesma época está afetando o potencial produtivo da segunda safra de algodão e milho naquela região”, disse a companhia.

(Por Roberto Samora; edição de Nayara Figueiredo)

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