Já sentindo os efeitos da crise no novo coronavírus, a Gerdau viu seu lucro líquido cair 51,3% no primeiro trimestre do ano, para R$ 221 milhões, ante igual período do ano passado. Em relação ao último trimestre, houve um aumento de 116,2%.

Nos três primeiros meses do ano a companhia viu a demanda cair, especialmente na segunda quinzena de março. As vendas totais de aço pela Gerdau caíram 9,8% no intervalo de janeiro a março para 2,691 milhões de toneladas. Em relação ao último trimestre do ano passado o recuo foi de 12,6%.

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“Em relação ao desempenho da Gerdau no primeiro trimestre de 2020, gostaria de destacar que nossas previsões de crescimento da demanda por aço no Brasil, especialmente no setor de construção civil, e nos Estados Unidos, de maneira geral, se confirmaram, reflexo do aquecimento das atividades econômicas, em ambos os países, dos setores servidos pela Gerdau. Porém, o momento que vivemos é desafiador em função dos impactos gerados pela pandemia da Covid-19 e, devido a este cenário de incertezas, não é possível ter, hoje, uma projeção de demanda por aço futura nos mercados em que estamos presentes”, destacou, em nota enviada à imprensa, o presidente da Gerdau, Gustavo Werneck.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado no período foi de R$ 1,177 bilhão, queda de 24,5% na relação anual e aumento de 3,6% no comparativo trimestral. A margem Ebitda ajustado foi a 12,8%, ante 15,5% visto um ano antes.

A receita líquida da companhia foi de R$ 9,228 bilhões nos três primeiros meses do ano, queda de 8% ante o primeiro trimestre de 2019 e um recuo de 3,2% ante o último trimestre do ano passado.