Nova York, 30 – A gigante norte-americana do setor de agronegócios Archer Daniels Midland (ADM) obteve lucro de US$ 504 milhões, ou US$ 0,90 por ação, no quarto trimestre do ano passado, informou a companhia na quarta-feira, 29. O resultado representa alta de 60% ante os US$ 315 milhões, ou US$ 0,55 por ação, registrados em igual período do ano anterior.

Este foi o primeiro aumento do lucro na comparação anual desde o terceiro trimestre de 2018. O lucro foi impulsionado pelo impacto positivo de US$ 0,61 por ação de um crédito fiscal retroativo para produtores de biodiesel referente aos anos de 2018 e 2019.

Em termos ajustados, o lucro foi de US$ 1,42 por ação, bem acima da expectativa de analistas consultados pela FactSet, de US$ 0,72 por ação. O lucro ajustado exclui uma baixa contábil de US$ 0,24 por ação relacionada a perdas na venda de uma participação acionária e uma baixa de US$ 0,16 por ação por causa da redução do valor de ativos e de encargos de reestruturação.

A receita da ADM cresceu 2,4%, para US$ 16,33 bilhões, mas ficou abaixo da previsão de analistas, de US$ 16,46 bilhões.

A unidade de serviços agrícolas e oleaginosas, que inclui o processamento de soja, registrou vendas de US$ 12,36 bilhões no quarto trimestre, queda de 0,8% na comparação anual.

O desempenho da unidade foi prejudicado pelo clima excessivamente úmido no Meio-Oeste dos EUA no ano passado, que afetou tanto o plantio quanto a colheita, disse a ADM. O atraso da colheita resultou em queda das exportações e margens reduzidas. O esmagamento de soja teve margens sólidas, mas substancialmente menores do que as de um ano antes, que foram impulsionados pela quebra de safra na Argentina.

No segmento de nutrição, a receita aumentou 57%, para US$ 1,4 bilhão.

“Nossa equipe entregou um quarto trimestre sólido, em linha com nossas expectativas três meses atrás”, disse o CEO da companhia, Juan Luciano, em comunicado divulgado com o balanço. “Esperamos que as condições de mercado melhorem à medida que o ano avança, principalmente por causa dos efeitos da fase 1 do acordo comercial entre EUA e China.” Fonte: Dow Jones Newswires.