Depois de desafiar o Starbucks na China, a Luckin Coffee mira em outros mercados asiáticos dominados pela rival. A rede de cafeterias chinesa anunciou nesta segunda-feira (22) a expansão para o Oriente Médio e Índia em uma parceria com o American Group, conglomerado responsável pela gestão de 1,9 mil restaurantes na região.

“Esta colaboração representa o primeiro passo da Luckin Coffee para trazer seus principais produtos da China para o mundo”, disse a CEO Jenny Qian Zhiya.

A Luckin Coffee recentemente arrecadou US$ 645 milhões com a abertura de oferta pública (IPO, na sigla em inglês) de seu capital na Nasdaq, bolsa especializada em ações de tecnologia, nos Estados Unidos.

A empresa chamou a atenção em todo o mundo pela sua rápida ascensão e por abalar os planos da maior cadeia de cafés do mundo no mercado chinês. A Luckin foi fundada em outubro de 2017 e conta com 3 mil pontos em 40 cidades da China. A empresa espera abrir mais 1,5 mil unidades até o fim deste ano. O mercado chinês é o maior para a rede norte-americana fora do seu país, com 3,7 mil pontos e projeção de 6 mil até o fim de 2022.

O fluxo crescente de turistas e a realização de grandes eventos, como a Copa do Mundo de 2022, torna o Oriente Médio um ponto estratégico para a Starbucks. Atualmente a rede possui 202 unidades em Dubai, 191 na Arábia Saudita e 151 no Kuwait. Já o mercado da Índia, com mais de um bilhão de habitantes, está se tornando o foco de grandes redes mundiais. O Starbucks estreou no país em 2012 e hoje tem mais de 146 de cafés no país.

Apesar de atuarem no mesmo segmento, a Starbucks e a Luckin criam estratégias diferentes para atrair o público. Enquanto a norte-americana investe em espaços amplos, confortáveis e com rede ilimitada de internet, a rival da China se baseia em pequenos pontos e quiosques onde os clientes apenas retiram os cafés depois de terem feito o pedido on-line. A Luckin também se diferencia por ações de fidelização, como aceitar pagamentos através do seu aplicativo.