Depois de perder R$ 135 milhões no Brasil em 2020, e 75 milhões de euros em Portugal, a rede hoteleira portuguesa Vila Galé vai, na contramão da cartilha da precaução, aumentar seus investimentos no Brasil.

A lógica, segundo o empresário Jorge Rebelo de Almeida, dono da empresa, é que a crise é temporária e os ativos no Brasil estão mais baratos com o real desvalorizado. “É na crise que se investe”, afirmou Almeida à DINHEIRO. “O Brasil tem um potencial imenso no setor do turismo e, como todos somos loucos um bocadinho, vamos ampliar nossos investimentos”, disse. A Vila Galé completa 20 anos no Brasil em 2021.

Entre os investimentos em estudo está a construção de um resort dentro do complexo de Inhotim, em Brumadinho (MG). Outra aposta é o retrofit do Palácio Rio Branco, em Salvador, prédio histórico e degradado, que deverá se transformar em um hotel da companhia a partir de 2023. “Se der tudo certo, e Deus sempre nos ajuda, deveremos investir nos segmentos cultura e natureza também aqui no Brasil, como já fazemos em Portugal”, afirmou.

O que já está confirmada é a inauguração do Vila Galé Maceió para julho de 2022, dentro de um plano de investimento de R$ 150 milhões. Com 27 hotéis em Portugal e dez no Brasil, ao que tudo indica a rede portuguesa quer, a partir de agora, ser cada vez mais brasileira.

(Nota publicada na edição 1250 da Revista Dinheiro)