O deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), futuro ministro da Casa Civil no governo de Jair Bolsonaro (PSL), descartou usar a reforma previdenciária do governo de Michel Temer. Em entrevistas a diferentes rádios nesta manhã, Onyx disse que há unanimidade na equipe do capitão da reserva em separar as despesas com benefícios previdenciários e com assistência social numa nova proposta, que deve vir a ser apresentada no ano que vem. Onyx criticou que o projeto em discussão na Câmara dos Deputados é uma espécie de “remendo”. “Queremos um projeto de longo prazo, para cerca de 30 anos”, frisou.

Apesar de citar a “unanimidade”, ele disse que estava falando em nome próprio à Rádio Eldorado. Nas entrevistas, Onyx reiterou que não houve nenhuma tratativa para usar proposta da reforma da Previdência do governo Temer.

Essa possibilidade foi publicamente defendida por membros da equipe econômica do governo Temer, como o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, e o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, a fim de garantir maior celeridade nas mudanças do atual sistema previdenciário.

O futuro ministro da Casa Civil criticou a baixa durabilidade da reforma que tramita na Câmara dos Deputados. “Não se pode olhar caixa de curto prazo, como na proposta de Temer”.

E continuou: “Defendo reforma da Previdência que se faça de uma única vez. O atual governo propôs apenas um remendo, mas a reforma tem de ser de longo prazo. É necessário uma proposta que conserte a Previdência e sustente a poupança interna”.