O ministro da Cultura britânico, Matt Hancock, considerou insuficiente a promessa do CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, de aumentar a proteção dos dados dos usuários da rede social.

“À noite vi que Mark Zuckerberg pediu desculpas e que vai adotar algumas mudanças, mas francamente não acredito que estas mudanças vão suficientemente longe”, disse o ministro à rádio BBC, em pleno escândalo pelo uso dos dados privados de usuários do Facebook por parte da empresa Cambridge Analytica para influenciar campanhas eleitorais, em particular a que resultou na vitória de Donald Trump nos Estados Unidos.

“Não deve corresponder a uma empresa decidir qual é o equilíbrio correto entre privacidade e inovação e o uso de dados. Estas regras devem ser decididas pela sociedade em conjunto e estabelecidas pelo Parlamento”, argumentou Hancock.

“Esta é a estratégia da qual estamos falando: as grandes empresas de tecnologia têm que a lei nós temos que fortalecer a lei”, completou o ministro.

Zuckerberg admitiu que o Facebook cometeu erros e deve fazer mais para resolver o problema.

“Temos a responsabilidade de proteger seus dados, se não pudermos, não merecemos servi-los”, escreveu em seu mural Zuckerberg no primeiro comentário que fez após o escândalo vir à tona.

“As medidas mais importantes para isto não ocorrer de novo foram tomadas há anos, mas também cometemos erros e há mais por fazer”, acrescentou.

O executivo se declarou “responsável pelo que acontece” no Facebook e prometeu facilitar aos usuários uma melhor utilização de seus dados pessoais.